É possível ter sucesso profissional e ao mesmo tempo equilíbrio e qualidade de vida? A busca constante pelo ápice, pelo crescimento profissional nas mais diversas carreiras ou empreendimentos, é normalmente acompanhada de desinformação e despreparo. Mira-se o topo, e não a trilha. E a realidade é dura. Afinal, o desenvolvimento sempre representa maiores desafios, que tendem a desequilibrar nosso cérebro e vida.
Num mundo dominado pelo imediatismo, acompanhamos uma quantidade cada vez maior de pessoas que atinge seu sucesso profissional pagando um preço muito alto: menos saúde, menos qualidade de vida, menos tempo com a família e mais estresse. A boa notícia é que existe um caminho, mas só se chega ao equilíbrio com entrega e trabalho. Não existe pílula mágica.
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Se alguém lhe disser que será fácil, desconfie. Nunca é, mas a recompensa é enorme e vale a pena. A “fórmula” que encontrei, apliquei em empresários, artistas, campeões olímpicos e dividirei com vocês é conhecimento + treinamento + comprometimento = sucesso com qualidade de vida.
O primeiro passo é entender mais sobre como nosso cérebro funciona. Segundo os cientistas e pesquisadores Daniel Goleman e Andrew Newberg, a tendência natural de nosso cérebro é sempre se estressar diante de pressão crescente e aumento de demandas. É um órgão que existe para garantir nossa sobrevivência, para nos manter vivos a qualquer custo, mesmo que seja com baixa qualidade de vida. Uma definição de que gosto muito foi dada pelo doutor Srinivasan Pillay, em seu livro Livre para Viver: “O cérebro é uma máquina de escaneamento de medo e ameaças constantes, isso tudo de forma inconsciente e além de nosso controle”.
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A segunda variável deve ser iniciada aos poucos, devagar, com alguns poucos minutos diários, avançando de forma crescente. Recomendo alguns exercícios básicos, e aparentemente fáceis, como manter um diário escrito dos momentos mais positivos do dia, leitura de livros positivos, exercícios simples de contagem de respiração e, principalmente, a meditação diária. Essas atividades aliviam automaticamente a tendência natural de o cérebro se estressar.
O grande “segredo” é tratar o condicionamento da mente como costumamos tratar um condicionamento físico. Alguém que esteja sem treinar seu corpo há muito tempo precisa começar aos poucos. É a mesma coisa com quem tem a mente muito agitada, multifocal e nunca fez um exercício de relaxamento ou de meditação. É necessário respeitar esse avanço gradual, pois nossa mente vai se adaptar ao processo.
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A evolução tecnológica das últimas décadas trouxe uma melhor compreensão de como nosso cérebro funciona. A partir dessas informações, pesquisadores e neurocientistas apontam a meditação como principal ferramenta para a positivação da mente e gestão do estresse. Está cientificamente comprovado que treinar a mente nos coloca em um caminho saudável, que pode não nos garantir o sucesso, mas onde temos mais chances de atingi-lo sem comprometer nossa qualidade de vida.
E aí entra a terceira variável da nossa equação. É preciso comprometimento com o processo desde o início, principalmente para transpor os obstáculos iniciais que o desconhecido traz. Estar disposto a adquirir conhecimento, enxergar o poder das pequenas ações como meditar e cuidar da sua mente valorizando cada passo dado. É investimento de tempo hoje para lucrar tempo de qualidade no futuro.
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Publicado em VEJA São Paulo de 26 de janeiro de 2022, edição nº 2773