Bartenders do Ano: prêmio vai para Stephanie Marinkovic e Danilo Rodrigues

A escolha do nome do bar, Fifty Fifty (algo como meio a meio ou partes iguais), não é mera coincidência. Além de dizer respeito ao coquetel clássico que leva gim e vermute na mesma proporção — eles adoram —, se refere a quem manda naquela casa, aberta em janeiro, em Pinheiros: nem um nem outro, mas a dupla.

“São dois inteiros que fazem um novo”, teoriza Stephanie Marinkovic, 36, sobre o trabalho com o marido, o também bartender Danilo Rodrigues, 33.

Foi num bar do Bixiga, o Espaço 13, que a então cabeleireira que estava na labuta desde os 16 mergulhou na jornada pelo mundo etílico, em 2015. Lavava louça, entregava panfletos e, pouco a pouco, escorregou para trás do balcão, até começar a criar ótimos coquetéis, muitos deles com um pé na gastronomia, sobretudo a confeitaria.

Virou sócia da extinta casa, na qual permaneceu até pouco antes da pandemia, quando foi se dedicar a consultorias, em endereços como o Bar dos Cravos. Stephanie, que não nasceu para ficar despercebida, participava ainda de concursos da área e programas de TV.

Mais reservado, o marido passou sem fazer alarde por casas badaladas como o extinto Side e o Tan Tan. Ingressou no ramo após anos a observar o pai, João, tocar um botecão na Vila Nova Cachoeirinha (o irmão, Murilo, também trabalha como bartender).

Para Danilo, a grande alegria na profissão é alcançar o balanço perfeito das misturas. “A Stephanie é mais ‘fora da caixinha’ que eu. Ela traz as ideias, e eu faço a parte de equilibrar”, conta ele.

A sintonia resulta em lindezas líquidas como o drinque de tequila, água de tomate, pimenta-de-cheiro, vermute seco e dill (R$ 48,00), sequinho.

No dia a dia do Fifty Fifty, ela foca mais na operação do balcão e nas produções e ele no atendimento e na administração. Mas estão sempre juntos.

Quando não no bar, um sonho que gestavam desde 2021, podem ser vistos em uma academia 24 horas. Mesmo de madrugada, após o expediente.

“Criamos a linha de uniformes para o bar que é sem distinção de gêneros e específica para a gente treinar depois que saísse de lá”, conta Stephanie, bartender talentosa e marombeira assumida.

Leia a resenha sobre o Fifty Fifty.

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Publicado em VEJA São Paulo de 12 de setembro de 2025, edição nº 2961.

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