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Blog do Lorençato

Por Arnaldo Lorençato Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
O editor-executivo Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há mais de 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 16 000 avaliações. Também comanda o Cozinha do Lorençato, um programa de entrevistas e receitas. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie

Com investimento de 12 milhões de reais, Urus serve receitas do Pantanal

Restaurante de salão monumental fica no Jardim Europa. Leia a crítica

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Atualizado em 16 set 2022, 12h01 - Publicado em 16 set 2022, 06h00
Urus Ambiente
Urus: salão monumental no Jardim Europa (Ligia Skowronski/Veja SP)
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É difícil não se impressionar com o visual do Urus, desenhado pelo arquiteto Ivã Guimarães ao custo estimado de 12 milhões de reais. O portentoso e moderno ambiente amplia-se pela área externa que faceia a Avenida Europa e a Praça do Vaticano.

Nesse ambiente, saboreiam-se pratos que re-interpretam o Pantanal e o cerrado (raros na cidade), além de ter a Amazônia como inspiração. O cardápio, criado pelo chef italiano Massimo Battaglini junto do mineiro Victor Naddeo a pedido do casal de proprietários mato-grossenses Acilene e Jean Jose Clini, surpreende pelos predicados.

Despertam o apetite entradas como a barriga de porco com caramelo de canjinjin (R$ 52,00). Elemento praticamente desconhecido por aqui, o canjinjin é um licor rico em ervas e especiarias produzido na cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade (MT), com o qual se faz uma redução para o torresmo preparado em três etapas e deliciosamente pururucado. Outra pedida das boas é o capelete de piranha do Pantanal e coentro no brodo do próprio peixe (R$ 69,00). A massa cozida com precisão nada em um caldo límpido que pode levar até três dias para ficar pronto.

Urus Capelete
Capelete de piranha do Pantanal: servido com coentro no brodo do próprio peixe (Ligia Skowronski/Veja SP)

No capítulo dedicado às carnes, que permanecem numa vitrine expositora no salão, encontram-se cortes como a entraña (R$ 199,00), extraída da parte de fora do diafragma e de uma maciez exemplar — é temperada com uma delicadeza de sal que pode não agradar a todos os paladares.

A costela bovina se transforma no recheio de um canelone com molho rôti de tamarindo e bechamel, que poderia chegar numa quantidade um pouco menor. Custa R$ 109,00. Para a finalização, o bolo de milho-verde surge numa panelinha levemente defumado, acompanhado de creme inglês de queijo da Serra da Canastra mais calda de goiabada cascão e um crocante de pixé, a paçoca do cuiabano (R$ 39,00).

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Urus Canelone de costela
Canelone de costela: molho rôti de tamarindo e bechamel (Ligia Skowronski/Veja SP)

Avaliação: BOM (✪✪✪)

Urus
Praça do Vaticano, 321, Jardim Europa, telefone 97072-0734
Das 12h até 15h e das 19h até 23h (sexta e sábado sem intervalo até 0h; domingo só almoço até 18h)
Tem acessibilidade.
Instragram: @urus. restaurante.

Faixa de preço: $$ (R$ 151,00 a 225,00)

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Veja o cardápio:

menu
(Divulgação/Divulgação)

Publicado em VEJA São Paulo de 21 de setembro de 2022, edição nº 2807

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