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Blog do Lorençato

Por Arnaldo Lorençato Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
O editor-executivo Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há mais de 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 16 000 avaliações. Também comanda o Cozinha do Lorençato, um programa de entrevistas e receitas. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie

Em vídeo: entrevista com Paola Carosella para Bons de Garfo

Na sexta passada (4 de setembro), eu e Helena Galante entrevistamos a chef Paola Carosella para nosso programa semanal Bons de Garfos. A jurada impiedosa e esfíngica do MasterChef Brasil revelou-se uma personagem para lá de divertida, que sabe o que realmente gosta na vida: cozinhar. Confira quinze tiradas antológicas ditas por ela e assista ao vídeo […]

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Atualizado em 26 fev 2017, 14h49 - Publicado em 8 set 2015, 21h52
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Pinta de restauratrice: dona de um restaurante, o Arturito, e uma casa de empanadas, a La Guapa

Na sexta passada (4 de setembro), eu e Helena Galante entrevistamos a chef Paola Carosella para nosso programa semanal Bons de Garfos. A jurada impiedosa e esfíngica do MasterChef Brasil revelou-se uma personagem para lá de divertida, que sabe o que realmente gosta na vida: cozinhar.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=znXpoGSW2aw?feature=oembed&w=500&h=281%5D

Confira quinze tiradas antológicas ditas por ela e assista ao vídeo acima. Ao final do post, republico o perfil que fiz dela quando ganhou o prêmio de chef do ano de VEJA COMER & BEBER cinco anos atrás.

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Para eu participar de um reality, tenho algum talento que adquiri sendo cozinheira

 

A possibilidade de trabalhar na TV apareceu como uma pitada interessante após 23 anos de cozinha

 

Fazer TV é muito difícil. Não tem nada a ver com o talento de uma cozinheira. É outro trabalho duro

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Os primeiros episódios da primeira temporada, não assisti. Tinha uma espécie de negação

 

Descobri uma coisa interessante na TV: você chega a um monte de pessoas

 

Nunca tentei reinventar a berinjela, nem transformar a cozinha brasileira

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Meu estilo de cozinha é direto. O meu desejo sempre foi cozinhar aquilo que eu sei, aquilo que eu gosto

 

Sou meio professorita, eu gosto de cozinhar e ensinar

 

Eu nunca vou parar de cozinhar, mas não sei quanto tempo mais vou fazer TV

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Sou muito irônica. Desde que cheguei no Brasil tenho problemas com a ironia. Os brasileiros são mais sensíveis. Tinham funcionários meus que choravam e eu não entendia. Havia feito apenas uma piadinha

 

Papo divertido: sobraram risadas
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Papo divertido: sobraram risadas

Dá um pouco de pudor sair em tanta foto. Eu sou cozinheira

 

Não modero as minhas piadas. Se o melhor é não lapidar eu deixo o choro escorregar

 

O MasterChef não tem roteiro e, se ensaio, gaguejo

 

Criar um cardápio não tem nada a ver com o INSS. A estrutura burocrática de um restaurante é muito pesada

 

Ninguém vai ter um forno a lenha em casa nem quatro galinhas na sacada, mas quero recuperar a cozinha artesanal

 

Pose de apresentadora: "dizem que tenho intimidade com a câmera"

Pose de apresentadora: “dizem que tenho intimidade com a câmera”

O perfil que fiz de Paola quando recebeu o título de chef do ano de VEJA COMER & BEBER em 2010:

Chef do Ano
Paola Carosella (Arturito)

Da infância, Paola Carosella traz na lembrança os períodos passados ao lado dos avós, italianos que moravam nos arredores de Buenos Aires. A casa era simples, mas tinha um grande quintal com horta, galinheiro e criação de coelhos. Era farta a mesa, repleta de verduras frescas, massas e o frango dominical que ela ajudava a preparar. Ainda garota, assistia aos programas de TV de Doña Petrona, cozinheira-ícone da Argentina e autora de um livro homônimo que é o Dona Benta de lá. “Nunca pensei em fazer outra coisa a não ser cozinhar”, diz a portenha eleita chef do ano pelo júri de VEJA SÃO PAULO. A mãe, advogada, não opôs resistência à inclinação da filha. Pelo contrário, pagou-lhe um estágio no extinto restaurante suíço La Cave du Valais, então um dos poucos da capital argentina a aceitar mulher na cozinha. O passo seguinte foi mudar-se para Paris e aperfeiçoar-se em bistrôs de lá. De volta à Argentina, acabou na equipe do consagrado Francis Mallmann em restaurantes de Buenos Aires, Punta del Este e Mendoza. Foi Mallmann quem a chamou para ajudá-lo na inauguração do A Figueira Rubaiyat, em maio de 2001, um sucesso paulistano até hoje e do qual ela é consultora atualmente. Antes de abrir a premiada casa, Paola teve o Julia Cocina. No charmoso Arturito, lotado quase todas as noites (só abre para o jantar), Paola seduz com receitas como o tenro ojo de bife tostado por fora e o dourado coelho cozido lentamente junto de espaguetine verde com cogumelo pleorotus. “Minha intenção não é surpreender paladares com minha cozinha, mas fazer boa comida”, diz. “Se isso acontece, é porque estou fazendo exatamente aquilo de que gosto”.

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