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Blog do Lorençato

Por Arnaldo Lorençato Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
O editor-executivo Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há mais de 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 16 000 avaliações. Também comanda o Cozinha do Lorençato, um programa de entrevistas e receitas. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie

Armanda fecha as portas antes de completar um ano

Aberto oficialmente em 14 de janeiro do ano passado, o Armanda (Alameda Franca, 1368 , Jardim Paulista) fechou em 29 de dezembro. Não chegou a completar um ano. Embora tivesse a interessante proposta de fazer cozinha contemporânea em porções normais e também em tamanho reduzido para que os clientes pudessem saborear um número maior de sugestões, a […]

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Atualizado em 27 fev 2017, 13h00 - Publicado em 10 jan 2013, 16h00
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Armanda, no mesmo lugar onde funcionou a boate SoGo: impressionava pelo belo visual de seus ambientes (Foto: Fulvio Bulgarini d’Elci)

Aberto oficialmente em 14 de janeiro do ano passado, o Armanda (Alameda Franca, 1368 , Jardim Paulista) fechou em 29 de dezembro. Não chegou a completar um ano. Embora tivesse a interessante proposta de fazer cozinha contemporânea em porções normais e também em tamanho reduzido para que os clientes pudessem saborear um número maior de sugestões, a cozinha variava muito de padrão em sua fase inicial. Alguns pratos davam vontade de repetir, outros, de esquecer.

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Na última das visitas que fiz ao Armanda, em agosto, os resultados estava bem melhores e mais uniformes. Tanto que inclui o restaurante na edição especial “Comer & Beber”. Lembro-me bem do beiju de tapioca crocante para ser saboreado com costela desfiada livre de gordura, da vieira com ervilha-torta ao molho de iogurte e do carré de cordeiro guarnecido de fettuccine ao molho de hortelã e tomatinhos. Pena que garçons mal treinados tivessem tanta dificuldade em explicar a composição das receitas.

Se a comida demorou a despertar o interesse, o ambiente do restaurante chamava a atenção desde o primeiro momento. O antigo casarão de esquina ganhou fachada de madeira clara e salões com charmoso ar de modernidade no projeto do arquiteto Naoki Otake, o mesmo do Kinoshita, Clos de Tapas e Attimo. Não havia como não notar, por exemplo, a bela adega junto ao bar montado em piso rebaixado.

Embora não tenham divulgado o valor do investimento, é certo que os proprietários tiveram um vultoso prejuízo. Coisa que poderia ter sido evitada se o foco fosse o essencial em um restaurante: a qualidade da cozinha e não a beleza dos ambientes.

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Ambiente do extinto restaurante: charme no salão e resultado irregulares no cardápio (Foto: Anna Paula Castro)

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