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“Pode nos fazer perder medalhas”, diz atleta paralímpico, após brasileiros testarem positivo para Covid-19

Daniel Dias diz que restante da delegação não foi diagnosticada com o vírus mas foi impedida de treinar no Japão

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 10 ago 2021, 12h32 - Publicado em 10 ago 2021, 12h30
Daniel aparece em frente de parede onde pode-se ler: Paralympic Games. Ele está com os braços erguidos, sorri e usa jaqueta do Brasil
O nadador Daniel Dias (CPB/Divulgação)
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O nadador Daniel Dias, dono de 24 medalhas em jogos paralímpicos, postou um vídeo no seu Instagram após membros da comissão brasileira testarem positivo para a Covid-19 no Japão.

Duas pessoas da equipe, que não são atletas, foram diagnosticados com a doença e isolados. Contudo, por conta dos protocolos adotados pelas autoridades japonesas, o resto do time precisará ficar isolado, o que pode possivelmente impossibilitar boa parte dos treinos até o início da competição, em 24 de agosto.

São cerca de 130 pessoas, entre atletas da natação, tênis e halterofilismo, que estão isoladas. “Eles mapearam todas as pessoas que estiveram próximas [dos infectados]. Eu e outras 51 pessoas com testes negativos viemos para Hamamatsu e estamos isolados desde então. A gente não pode sair do quarto. Não podemos treinar e falta apenas 14 dias para o início dos Jogos. Os prejuízos físicos e psicológicos são enormes”, diz Daniel.

“Nós entendemos que medidas sanitárias são necessárias, mas nós estamos negativos, nós estamos negativos e esse isolamento pode nos fazer perder medalhas, desperdiçar todo o investimento dos últimos 5 anos. O CPB [Comitê Paralímpico Brasileiro] segue incansável na luta pela liberação, mas as autoridades locais seguem informando que nós teremos que ficar 14 dias isolados, não faz sentido”, afirma.

Por meio de nota para a imprensa o CPB afirma que está “incansavelmente dialogando com as autoridades locais para reverter a situação do isolamento dos atletas, apresentando argumentos científicos, protocolos dos Jogos de Tóquio, além de todos os impactos desse isolamento na saúde mental dos atletas”.

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