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OLÁ,

‘Não vou falar a favor dele’, diz mãe de atropelador da Vila Madalena

Neusa Lúcia de Oliveira critica, porém, os foliões que tentaram agredir o filho. Vítima deve ter alta amanhã.

Por Nataly Costa e Marcus Oliveira
Atualizado em 5 dez 2016, 15h14 - Publicado em 24 fev 2014, 19h08
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VMada1 (Flávio Pires/Divulgação/)
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A mãe de Sulivan Cândido de Oliveira, que atropelou dez pessoas na Vila Madalena na noite de domingo (23), diz que não conseguiu dormir depois de saber do acidente. Abalada, a dona de casa Neusa Lúcia de Oliveira evitou defender o filho, mas diz ter ficado preocupada com a tentativa de linchamento – depois do acidente, Sulivan e a namorada, Luana, foram agredidos com golpes na cabeça e tiveram o carro totalmente destruído.

“Não vou falar a favor dele. Mas também não defendo o que fizeram com ele. Tentaram linchá-lo”, disse Neusa. Ela afirma que Sulivan não costuma frequentar blocos de Carnaval e tinha ido a um bar da Vila Madalena com Luana, com quem mora há oito meses. “Nem dormi à noite. A gente fica muito abalada, ninguém imagina que pode acontecer uma coisa dessa dentro da sua família”, diz. 

Sulivan tem 26 anos e o endereço comercial que registrou no boletim de ocorrência é o de uma pequena loja de peças de moto, na Rua Guainases, no centro.  

Dono de seis bares na região – entre eles o Quitandinha, o Dona Nina e o Seu Domingos, na esquina da Aspicuelta com Fidalga -, o empresário Flávio Pires foi testemunha do acidente. “É um absurdo que a CET não tenha interditado as ruas. Como a prefeitura permite a realização de um Carnaval sem oferecer estrutura? Era carro e gente misturado, não poderia dar certo. Claro que aconteceria um acidente”, critica. Questionada, a CET não se pronunciou sobre essa queixa, muito comum entre os presentes do local, onde a convivência de automóveis e foliões era bastante tensa. 

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A última vítima do atropelador que ainda permanece internada, Amanda Silva, de 26 anos, disse que terá alta amanhã. “Estou com dor, mas estou bem. Não quebrei nada”, conta. A assessoria do Hospital Edmundo Vasconcelos, onde ela está internada, não divulgou informações. 

Oliveira continua detido no 91º Distrito Policial, na Vila Leopoldina. A Pajero que dirigia, bastante danificada, está estacionada no local.

 

 

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