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Catavento Cultural e Educacional tem novidades para as férias

Museu inaugura ala com a exposição de um dos maiores acervos da América Latina sobre a evolução humana

Por Bruna Ribeiro
Atualizado em 17 Maio 2024, 11h12 - Publicado em 4 jul 2014, 23h00
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  • Entre os dezoito museus administrados pela Secretaria de Culturado Estado, o Catavento Cultural e Educacional, no Brás, é o mais visitado da capital. No ano passado, recebeu 520 000 frequentadores — número 33% maior que o da vice-campeã Pinacoteca. Inaugurado em 2009, o local oferece 240 instalações sobre ciência e tecnologia, espalhadas por 8 000 metros quadrados.

     

    Por ali, passam cerca de 44 000 visitantes por mês. Boa parte desse público são crianças e adolescentes. Para as férias de julho, o lugar melhorou ainda mais sua estrutura. O subsolo virou uma nova área. Antes inexploradas, as arcadas subterrâneas começaram a ser restauradas em 2012 e somam 5 500 metros quadrados. Elas guardavam entulho do histórico Palácio das Indústrias, construído entre 1911 e 1924 pelo escritório do arquiteto Ramos de Azevedo.

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    Para inaugurar o espaço, a administração do museu estreia nesta quarta (9) a exposição Do Macaco ao Homem, com curadoria de Walter Neves, de 56 anos, professor do Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos da USP. O instituto cedeu à montagem um dos maiores acervos de história da evolução humana da América Latina. “A ideia é realçar os avanços dos estudos sobre o processo de hominização”, diz o especialista.

    Com investimento de 620 000 reais, a mostra apresenta réplicas de esqueletos e ossos dos nossos antepassados, além dos artefatos usados por eles. As informações foram organizadas em módulos temáticos, o que facilita a visita. Assuntos como o progresso da locomoção, da dentição e do cérebro são apresentados nas seções.

    O que deve fazer mais sucesso é o setor que mostra bustos com a reconstituição do rosto de cinco hominídeos. Neves trabalhou por dois anos e meio nessa parte do projeto, ao lado de um artista plástico. A dupla se inspirou em modelos exibidos em locais como o Museu Americano de História Natural, em Nova York. A representação começa com o Sahelanthropus tchadensis, o exemplar mais antigo da linhagem humana, com aproximadamente 7 milhões de anos, e termina com o representante mais “jovem”, o Homo sapiens, com cerca de 200 000 anos.

    O mês terá ainda outra novidade. Uma sala que reproduz o interior de um submarino e outro recinto no formato de uma nave espacial estarão abertos ao público. As atrações convidam a garotada a uma viagem pelo fundo do mar e pelo cosmo, em cerca de quarenta minutos. Essas atrações já funcionavam havia um ano, mas só para visitas agendadas.

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