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Virado à paulista é tombado como patrimônio imaterial do estado

Para o Condephaat, prato que leva ingredientes de origens indígenas, portuguesas, africanas e italianas representa a diversidade do território paulista

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 jan 2022, 09h13 - Publicado em 6 fev 2018, 18h09
Virado à paulista do Âmbar (Divulgação/Veja SP)
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Prato tradicional das segundas-feiras, o virado à paulista agora é patrimônio imaterial do estado. O Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Governo do Estado de São Paulo (Condephaat) tombou e reconheceu a receita que leva tutu de feijão, arroz, bisteca de porco, couve, ovo frito e banana à milanesa como bem cultural.

O virado foi registrado pela primeira vez em 1602 pelos bandeirantes. Nessas viagens, as tropas precisavam de comida nutritiva, fácil de transportar e que pudesse ser consumida fria no dia seguinte – daí o nome, já que a comida chegava ‘revirada’ ao destino. A receita original continha apenas farinha de milho e pedaços de toucinho e uma pasta de feijão.

Para o conselho, o prato representa diversidade do território paulista, já que leva ingredientes de origens indígenas, portuguesas, africanas e italianas. Também reúne séculos do encontro de culturas, tradições, conhecimento e de prazer sensorial que formaram a cultura do estado. 

“O registro do Virado Paulista pode ampliar a visibilidade de uma característica marcante na História de São Paulo: a integração de culturas de diversas procedências, ainda que historicamente marcada por confrontos, dominações e resistências. Este prato expressa em sua composição uma demonstração da diversidade cultural característica de São Paulo”, diz o parecer técnico da Unidade de Preservação do Patrimônio Histórico que pautou a decisão.

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