Quem espera saborear o mussaká, feito de fatias de berinjela entremeadas de carne moída e creme béchamel, pode se desencantar com o badalado Myk. O prato, um dos ícones da culinária grega, não está no cardápio do restaurante apresentado como especializado nessa cozinha pelos proprietários.
Embora tenha o nome inspirado em Mikonos, a paradisíaca ilha onde morou a chef da casa, Mariana Camargo Fonseca, o extenso cardápio é um compilado de sugestões de países do Mediterrâneo. Tem entre as receitas massas, risotos e até um steak tartare.
Para se sentir na Grécia, vale pedir determinadas sugestões, ainda que nem todas sejam exatamente típicas. Abre o apetite a deliciosa salada grega (R$ 22,00 a pequena; R$ 36,00 a grande), composta de vegetais fresquíssimos — tomate, cebola-roxa, pepino em rodelas, azeitona e pimentões coloridos — cobertos por uma fatia de feta. Esse queijo também se transforma em um saboroso sufê (R$ 28,00).
Dos pratos principais, os tentáculos de polvo na companhia de batata rústica (R$ 51,00) foram provados em duas visitas, uma em 2 de fevereiro e a outra um mês depois. Na primeira delas, embora rico em sabor, desapontou pelo excessivo cozimento, que o deixou molenga. Só na segunda vez a textura estava adequada. Acompanhado de purê de batata aromatizado por pasta de trufa negra na medida, o pernil de cordeiro (R$ 54,00) decepcionou pela pobreza de tempero e ausência de sal.
Na hora da sobremesa, fuja do calórico loukoumades do fran (R$ 24,00, para dois), uma torre de sorvete de creme e bolinho de chuva frio sobre fatias de pêssego fresco, tudo regado por mel e salpicado de nozes. Prefi ra a equilibrada torta de figo e nozes com sorvete de iogurte (R$ 16,00).
Merece elogio o atencioso grupo de garçons conduzido pelo maître Adílio Vezzaro. O serviço de vinhos está nas mãos do sommelier Jorge Berto, que indica rótulos como o tinto israelense Yarden 2010 (R$ 105,00).
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