Rica em condimentos, a culinária árabe encontra-se entre as favoritas dos paulistanos. No Itaim, um dos bairros mais agitados da cena gastronômica na cidade, ela pode ser provada desde novembro no Al Baladi. O restaurante ocupa o mesmo ponto onde funcionou o misto de bistrô e confeitaria St. Honoré, endereço francês que não durou um ano. Esse novo inquilino herdou toda a estrutura de seu antecessor.
Conserva mesas dispostas na agradável varanda da entrada e em dois salões. A vitrine para doces também permanece por lá, embora, entre as guloseimas expostas, só o malabie na calda de damasco (R$ 11,00) seja de produção própria.
O fogão está nas mãos do chef Renato Haddad, que tem como sócios o primo Leonardo Yunes e os empresários Bruno Farah Nassif Laporta e Marcel Gholmieh, todos de ascendência libanesa. Saíram justamente do caderno de receitas familiares dos donos algumas das sugestões clássicas.
São de primeira duas versões de quibe, a crua de textura sedosa e a assada com recheio de carne moída misturada a pinhole, chamado de snoubar (R$ 24,00 cada uma). Mostram-se atraentes ainda as pastas coalhada seca, babaganuche e homus, em uma versão especial feita de grão-de-bico processado e misturado a beterraba. O trio custa R$ 27,00. Das criações do cozinheiro, a salada odalisca combina quinoa, damasco, queijo chancliche, amêndoa e rúcula (R$ 28,00 a grande; R$ 16,00 a pequena).
A seleção de pratos principais inclui o arroz de carneiro feito de grãos soltinhos cobertos por lascas de carne, molho de coalhada, pistache pilado e uma cebola deliciosamente queimada (R$ 29,00). Na medida para um paladar, o combo intitulado baladino reúne uma esfiha de carne, pasta de queijo chancliche, quibe cru e o delicioso charuto de uva. Sai por R$ 36,80.
Há cervejas como a Eisenbahn Pilsen (R$ 10,00) ou destilados como áraque (aguardente de anis; R$ 11,00). A limitada lista de vinhos traz entre os brancos o argentino Paso Sauvignon Blanc/Chardonnay 2012 a caros R$ 68,00.
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