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Notas Etílicas - Por Saulo Yassuda

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O jornalista Saulo Yassuda cobre cultura e gastronomia. Faz críticas de bares na Vejinha há dez anos. Dá pitacos sobre vinhos, destilados e outros assuntos
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Sururu, o novo bar dos donos do Moela, terá frutos do mar e cerveja em garrafa

O endereço da Barra Funda engrossa a lista de casas mais descoladas dedicadas aos pescados

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12 jul 2024, 06h00
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  • No novo Sururu, saem de cena língua, rabada, morcilla e outras delícias carnívoras que deram fama ao Moela, casa dos mesmos sócios montada em Santa Cecília em 2020 e precursora no movimento de ressurgimento de botecos em São Paulo e outras capitais. No novato, ganham os holofotes polvo, lula, conchas, peixes e outros insumos das águas. O Moela virou mar. “E rio e mangue”, acrescenta o chef Rômulo Morente, um dos fundadores do trio de endereços.

    Se não houver atrasos, o Sururu terá as portas levantadas pela primeira vez na quinta (18), na Rua Barra Funda, 197. Será vizinho ao Theatro São Pedro. O bairro observa uma movimentação acelerada de chegada de bares para além da fervida (e quase saturada) Rua Sousa Lima. Do fim de 2023 para cá, esse pedaço ganhou casas como o paraense Ver- o-Bar, o pé-sujo Luiiza (dos sócios da Miúda, que encerrá atividades no fim deste mês), o agitado Boteco de Manu e o bar de drinques Serelepe.

    A intenção dos donos é que o Sururu tenha o mesmo clima sem frescura do Moela (que tem também uma filial em Pinheiros), mas com um pouquinho mais de conforto. Para isso, o salão de esquina forrado de azulejos azuis-escuros tem dois balcões, que somam catorze banquetas, e cinco mesas, além dos assentos na calçada. “Com mais lugares internos, vamos sofrer menos nos dias frios e chuvosos”, confessa Rômulo.

    Logo que chegar a esse imóvel antigo de marquise curva, o freguês dará de cara com uma estufa na bancada, que deixará à mostra acepipes frios e rotativos, caso da lula recheada de vinagrete ao azeite de coentro. Da cozinha, serão expedidos pratos como o arroz de polvo, o bolinho de espaguete ao vôngole e o pastel de ragu de polvo com linguiça. Na hora do gole, além de cervejas de marcas mais populares em garrafa de 600 mililitros, vão figurar na carta um trio de coquetéis criados pelo bartender Gabriel Santana, do Santana Bar e do Cordial, amigo do anfitrião desde a adolescência.

    Se os botequins mineiros e cariocas serviram de inspiração ao Moela, no novato as referências vêm também do Rio e incluem bares de cidades nordestinas, caso de Salvador. “Sinto falta de comer frutos do mar e peixes num contexto de botecagem, não aquela coisa fina, com serviço formal e vinho de 300 reais a garrafa”, alfineta Rômulo. “O nome do bar é Sururu, não é Lagosta nem Vieira”, reforça o cozinheiro, enaltecendo o molusco que batiza a casa e que estrela um caldinho. Depois da chegada de endereços de pescados de perfil mais descolado na cidade, caso do bar-restaurante Sororoca, o nascimento do Sururu se mostra mais um avanço aquático na capital paulista.

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    Publicado em VEJA São Paulo de 12 de julho de 2024, edição nº 2901

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