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Notas Etílicas - Por Saulo Yassuda

Por Saulo Yassuda Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
O jornalista Saulo Yassuda cobre cultura e gastronomia. Faz críticas de bares na Vejinha há dez anos. Dá pitacos sobre vinhos, destilados e outros assuntos

Pindura, na Vila Madalena, serve coquetéis inspirados na cultura de boteco

O bartender Diogo Sevilio deixa misturas prontas em refresqueiras e enfeita uma das pedidas com “cereja” de chuchu. Leia a crítica

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28 jun 2024, 06h00
Bartender branco de chapéu panamá e óculos de grau atrás de balcão de bar fazendo drinque.
Diogo Sevilio, conehcido como Diogro: comandante do Pindura (Ligia Skowronski/Veja SP)
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O bartender Diogo Sevilio, ou Diogro, parece se divertir enquanto realiza um ofício sério no Pindura. O bar que ele toca com o grupo DRK (do Caulí e Olívio) presta uma bem-humorada homenagem à instituição do boteco (boteco mesmo, aquele de encostar a barriga no balcão e tomar uma pinga no copo americano).

Ajuda a entregar essa proposta os nostálgicos quadros de letras de plástico, que listam 94 drinques, dos considerados chiques aos mais simples, sem distinção de classe. Na carta, são evidenciadas as criações do bartender, conhecido do público pelo trabalho no Cozinha 212 e por ganhar o concurso World Class 2017.

Copo transparente de drinque alaranjado com pedaço de casca amarela dentro coberto por bolinha avermelhada em cima do gelo quadrado
Dimiliano: com Domecq, Cynar e licor de café (Ligia Skowronski/Veja SP)

A numerosa quantidade de receitas, cada uma com uma história para contar, mostra a ânsia de Diogro em abrir o primeiro bar — um pouco mais de foco nessa seleção ajudaria o cliente a eleger o coquetel com mais facilidade. Um dos melhores provados foi o dimiliano (Domecq, Cynar e licor de café; R$ 35,00), criação inspirada em ingredientes encontrados em pés-sujos. A pedida leva uma bolinha de chuchu imitando uma cereja, ironizando a má-fama que as conservas baratas da fruta têm.

Em uma refresqueira, outra referência à cultura popular, fica girando o piña quemada (R$ 20,00), de rum, “conhaque” de alcatrão e doce de abacaxi. Com jeito de aperitivo, o d’oliveira (R$ 35,00) junta cachaça em jequitibá, vodca, vermute seco, salmoura de azei- tona e suco de limão e vem com alguma conserva para acompanhar.

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Drinque amarelado em copo transparente com bastante gelo e duas minifolhas de babosa.
Piña quemada: de rum, “conhaque” de alcatrão e doce de abacaxi (Ligia Skowronski/Veja SP)

A cozinha não é o forte. Faltou um trabalho maior na couve-flor apenas cozida (R$ 15,00), com um molho apimentado por cima. Melhor ficar com o caldo de feijão e bacon por cima (R$ 9,00), um raro acepipe de poucos dígitos na cidade.

Escolha uma música na Dercy, a jukebox que chama a atenção no salão estilizado com azulejos coloridos e almofadas com estampa de chita.

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Avaliação: BOM (✪✪✪)

Pindura
Rua Aspicuelta, 459, vila Madalena, tel. 3614-9098.
Das 12h às 15h e 18h às 0h (segunda só almoço; quinta e sexta até 1h; sábado 13h/1h; fecha domingo). 
Tem acessibilidade.

Confira o cardápio:

Print do menu do PIndura
(Divulgação/Divulgação)
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Publicado em VEJA São Paulo de 28 de junho de 2024, edição nº 2899

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