O enólogo americano Paul Hobbs toca três vinícolas nos Estados Unidos e quatro em outros países, em sociedades internacionais, entre elas a Viña Cobos, de Mendoza, que celebrou 25 anos em 2023 e inaugurou uma nova estrutura de enoturismo.
O produtor, que também realiza consultorias pelo mundo (vertente de seu trabalho ele tem diminuído o ritmo), veio à cidade lançar o Viña Cobos Hobbs Estate 2020, rótulo 100% malbec vendido em algumas lojas físicas da Grand Cru, como a do MorumbiShopping, a R19,90.
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Confira trechos da entrevista:
Parte dos vinhos da Cobos é feita com uvas compradas de outros produtores. Como garantir a qualidade do produto?
Você (o dono da vinícola) tem que trabalhar com a pessoa proprietária do vinhedo, que cultiva as uvas. Precisa conversar com ela, organizar e planejar (com ela), e não chegar e dizer “este vinhedo é meu, então vou fazer o que quiser com ele, no momento que eu bem entender”.
Como era o vinho na Argentina quando você chegou lá, em 1988, e como é a cultura da bebida hoje?
Bem, as montanhas são as mesmas. Todo o resto é diferente (risos). O cerne da cultura é o mesmo, mas antes era tudo uma questão de quantidade. Em outras palavras, se você fosse a um restaurante, a milanesa era enorme, o ojo de bife, muy grande. Todo grande. Agora isso está mudando. É mais fine cuisine. E as pessoas estão tomando vinhos de melhor qualidade. Bebem menos, mas melhor, e estão dispostas a pagar mais por melhor qualidade. É uma boa tendência.
Tem recebido convites para consultorias no Brasil?
Já tive, mas não recentemente. Tenho estado um pouco ocupado demais para fazer algo no Brasil, mas quem sabe isso possa mudar.
Publicado em VEJA São Paulo de 05 de abril de 2024, edição nº 2887
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