Vez ou outra na calçada com algum sócio do bar, a vira-lata Clementina se posta a observar o movimento do pequeno espaço que leva seu nome.
Aberto em novembro, o bar está montado numa espécie de porão aberto, ao lado do misto de restaurante, bar e loja Lar Mar, dos mesmos sócios, entre eles o “pai” da cachorrinha, Tato Vanzetto.
Após descer alguns degraus, o público alcança as mesas e um balcão no ambiente com arcos de tijolinhos. Casais que se conhecem melhor e pequenos grupos bebem vinhos, a maioria natural ou biodinâmico, selecionados pelo sócio Marcel Forte.
As cerca de sessenta opções são distribuídas de maneira equilibrada entre os estilos — há dezessete brancos para quinze tintos, o que é uma benção para os fãs.
Boa parcela do que se bebe é feita de uvas nem sempre famosas para o grande público, como o vinho laranja espanhol alumbro 2019 (R$ 288,00), de godello, verdejo e chasselas doré. O rosado Sonrojo La Calandria 2018 (R$ 159,00), também espanhol, é 100% garnacha.
A galera dos tintos tem à disposição o argentino Rocamadre Criolla 2020 (R$ 236,00), de criolla chica (ou país, no Chile) e criolla grande, de jeito refrescante.
No balcão, cozinheiros se agilizam para montar tábuas como a itatiaia (R$ 68,00), de sopressata, salame com pistache e queijo Mantiqueira, acompanhada de pão e chutney de tomate da casa.
Outra alternativa mastigável é a pizza, apresentada em tamanho individual e cortada em aperitivo, como a 4 queijos da fazenda (R$ 58,00), de molho de tomate e os queijos Tulha e de cabra Dolce Bosco, ricota de búfala e muçarela.
Avaliação: BOM (✪✪✪)
Clementina
Rua João Moura, 613, Pinheiros, telefone 97801-1074.
Das 18h às 0h (sábado a partir das 16h; domingo 14h às 20h; fecha segunda).
Instagram: @clementina___sp.
Publicado em VEJA São Paulo de 16 de fevereiro de 2024, edição nº 2880
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