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Indicações do que assistir no teatro (musicais, comédia, dança, etc.) por Laura Pereira Lima (laura.lima@abril.com.br)

Peça traz planos-sequência para narrativas sobre conflitos e vingança

Insônia - Titus MacBeth traz importante trabalho de adaptação para o meio digital em prol da imersão

Por Saulo Yassuda Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
18 jun 2021, 06h00
um homem e uma mulher atuando um de costas para o outro com expressões sérias
 (Cassandra Mello/Divulgação)
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Seria difícil montar Insônia — Titus Macbeth nos dias de hoje. Não pelo enredo — uma fusão de duas tragédias de William Shakespeare do diretor André Guerreiro Lopes e do dramaturgo Sérgio Roveri —, mas pelo formato. Em 2019, no Sesc Avenida Paulista, a plateia assistia a esse espetáculo praticamente no meio dos atores e circulava entre o elenco para visualizar melhor as cenas. Realizar a imersão se mostraria complicado em tempos de distanciamento. Na versão digital, em cartaz até o fim do mês, o público vê em paralelo três planos-sequências da peça, registrados em apresentações distintas. É indicado, inclusive, o uso de fones para ouvir diferentes camadas de som, trabalhadas após as gravações. Em Macbeth, Lady Macbeth (vivida por Djin Sganzerla; foto) não tem limites para derrubar quem se opõe ao marido dela, o militar Macbeth (Dirceu de Carvalho), na sucessão ao trono escocês. Na outra tragédia, Titus, o general Tito Andrônico, papel de Helena Ignez (indicada ao prêmio Shell pela interpretação), volta triunfante de uma guerra e inicia um processo de vingança (80min).

14 anos. Sympla (sympla.com.br). Seg. a dom., 20h. Grátis. Até 30 de junho.

+Assine a Vejinha a partir de 8,90.

Publicado em VEJA São Paulo de 23 de junho de 2021, edição nº 2743

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