Na próxima quarta (20), às 19h, o hall da SP Escola de Teatro, na Praça Franklin Roosevelt, vai receber o lançamento do livro póstumo do crítico de teatro, ator, dramaturgo e escritor Alberto Guzik. Ele morreu em 2010, aos 66 anos, em decorrência de um câncer de estômago. Guzik foi também um dos fundadores da escola, inaugurada no Brás, na Zona Leste da capital, em 2010.
O romance A Estátua de Sal de Sodoma começou a ser escrito em 2008 durante uma viagem de Alberto a Nova York. A inspiração teria vindo da pintura Cat and Bird (1928), do pintor suíço Paul Klee, exposta no Museu de Arte Moderna (MoMA). A história, ambientada na capital paulista, acompanha um crítico e professor de teatro que enfrenta o término do seu casamento ao mesmo tempo em que descobre um novo amor.
A obra é publicada pelo Selo Lucias, projeto editorial da SP Escola de Teatro, em parceria com a Editora Urutau. O prefácio é assinado pelo diretor-executivo da escola Ivam Cabral e o posfácio, pelo dramaturgo Aimar Labaki. Ambos eram amigos pessoais de Guzik.
Alberto Guzik nasceu em 1944 na capital e começou sua carreira nas artes cênicas aos 5 anos de idade, no Teatro Escola São Paulo. Formado pela Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (EAD-USP), integrou alguns grupos paulistanos, como Os Satyros, no qual trabalhou ao lado de Ivam Cabral. Ficou conhecido, no entanto, pelas críticas teatrais em veículos como Jornal da Tarde e O Estado de S. Paulo.
Guzik também foi professor da própria EAD, da Escola de Comunicações e Artes (ECA-USP), da Escola de Atores Wolf Maya e do Teatro Escola Macunaíma. Além da obra póstuma, escreveu o romance Risco de Vida (1995), que foi indicado ao Prêmio Jabuti, o livro-reportagem Paulo Autran: Um Homem no Palco (1998) e o livro de contos O Que É Ser Rio, e Correr (2002).