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Rua Augusta terá pequeno mirante com vista para a Praça Roosevelt

Investimento para transformar espaço é de 4,3 milhões de reais; obras já tiveram início e incluem reforma de escadão

Por Clayton Freitas
Atualizado em 28 Maio 2024, 09h06 - Publicado em 10 fev 2023, 06h00
Estrutura que receberá o pequeno mirante
Estrutura que receberá o pequeno mirante (ALEX CAMPANA JR./ARQUIVO PESSOAL/Veja SP)
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Uma área de cerca de 1 000 metros quadrados localizada na Rua Augusta defronte à Praça Roosevelt, no Centro, a poucos metros do Parque Augusta, está sendo reformada pela prefeitura de São Paulo para a criação de um pequeno mirante, chamado tecnicamente de belvedere. Além de uma visão privilegiada de parte do bairro da Bela Vista e da praça, o espaço também deverá abrigar uma área de lazer com direito a palco e arquibancada, e também poderá receber um serviço de café. O projeto inclui ainda revitalização de um escadão que liga a Rua Augusta à Rua Avanhandava, que passa ao lado do Viaduto Júlio de Mesquita Filho.

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A obra do Belvedere Roosevelt, como o projeto foi batizado pela SPUrbanismo, está orçada em 4,3 milhões de reais e será financiada pelo Fundurb (Fundo de Desenvolvimento Urbano), que recebe os recursos provenientes da arrecadação de outorga onerosa e define a destinação dos valores. As intervenções incluem a criação de um jardim de chuva numa pequena encosta ao lado da escadaria. Como o nome sugere, esses dispositivos aumentam a permeabilidade do solo, drenam a água acumulada e colaboram para evitar os efeitos dos alagamentos. O plano é que esse jardim de chuva receba as águas pluviais acumuladas na sarjeta da Rua Augusta por meio de uma boca de lobo. Atualmente a cidade conta com cerca de 230 desses dispositivos, e a água armazenada em alguns deles é utilizada em serviços de zeladoria urbana.

Projeções mostram como ficará espaço após reforma, que também será feita no escadão
Projeções mostram como ficará espaço após reforma, que também será feita no escadão (Arte/Veja SP)

Um dos que aprovaram a criação do novo espaço foi o engenheiro civil Fernando Mazzorolo, 62, presidente da Associação de Moradores da Praça Roosevelt. Ele conta que a área localizada ao lado do ponto de ônibus estava abandonada. “É importante observar que algo que estava sem uso vai proporcionar uma alternativa diferente e um espaço a mais de convivência”, diz.

O lado oeste, o que permite a vista para as ruas da Bela Vista, fica a 6 metros de altura das pistas do Viaduto Júlio de Mesquita Filho, via que recebe tráfego intenso de veículos. Para evitar quedas, o talude re- ceberá um guarda-corpo de vidro reforçado. Outra novidade é a iluminação, que deverá elevar a sensação de segurança para os que usam o escadão. Moradores de prédios vizinhos ao novo projeto localizados no trecho da Avanhandava que fica após a Rua Martinho Prado relatam já terem sido vítimas de roubos e muitos evitam passar pelo local. Um deles é o ator David Pereira, 27, que vive num prédio ao lado do escadão e já foi roubado ali. “O menino que levou meu celular saiu correndo pelo viaduto e sumiu. Tomara que a reforma evite situações assim.”

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Publicado em VEJA São Paulo de 15 de fevereiro de 2023, edição nº 2828

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