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Uma viagem no tempo às décadas passadas por meio de suas histórias, costumes e curiosidades.
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Hospital Sírio-Libanês completa um século de história

Centro médico foi fundado em 1921, quando a imigrante Adma Jafet criou a Sociedade Beneficente de Senhoras

Por Saulo Yassuda Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 3 dez 2021, 09h26 - Publicado em 3 dez 2021, 06h00
A foto em preto e branco mostra uma imagem vista de cima do Hospital Sírio-Libanês na época de sua construção, na década de 30.
Vista aérea do Hospital Sírio-Libanês quando ainda estava sendo construído, na década de 30. (Divulgação/Divulgação)
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Famoso por receber gente do alto escalão do poder — os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer já passaram por seus leitos —, o Hospital Sírio- Libanês começou a ser gestado um século atrás.

Em 1921, um grupo de mulheres que acreditavam poder intervir — para o bem — na sociedade se reuniu e, liderado pela imigrante Adma Jafet, fundou a Sociedade Beneficente de Senhoras, com o objetivo de montar um hospital. Era essa uma maneira, pois, de agradecer pela recepção que as comunidades sírio e libanesa, da qual faziam parte, tiveram no país.

Foto em preto e branco mostra Adma e Basílio Jafet no lançamento da pedra fundamental do Hospital Sírio-Libanês, na década de 30. Uma multidão está ao redor deles e comemora a inauguração.
Adma e Basílio Jafet no lançamento da pedra fundamental do Hospital Sírio-Libanês em 3 de dezembro de 1931. (Divulgação/Divulgação)

No último domingo (28), dia do centenário, foi aberto um pequeno memorial na instituição da Bela Vista, que conta com recortes de jornal, fotografias antigas e medalhas, que mostram a trajetória do local. Os festejos têm, ainda, um lançamento de um livro que traz a história — não sem percalços — do estabelecimento de saúde, uma referência no Brasil e no mundo pela excelência.

Embora tenha começado a ser construído em 1931, o Sírio- Libanês teve a abertura postergada. Foi tomado, em 1943, pela Escola Preparatória de Cadetes em plena II Guerra. Foi apenas em 1959 que o prédio foi devolvido pelo governo, não sem a luta do grupo feminino (atualmente com cerca de 300 associadas), e começou a ser restaurado. A inauguração oficial aconteceu em 1965, sob a direção do médico Daher Elias Cutait e de dona Violeta Jafet, filha da fundadora, presidente do hospital por cinquenta anos.

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Na foto em preto e branco, o médico Daher Elias Cutait aparece ao lado de dona Violeta Jafet.
Dr. Daher e dona Violeta Jafet. (Divulgação/Divulgação)

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Nesses anos de atividade, o Sírio-Libanês investiu em tecnologia e contratação de médicos ligados à academia. “O hospital se consolidou como um dos grandes centros de oncologia da América do Sul e um importante centro de formação”, acredita Fernando Ganem, diretor- geral da instituição desde maio. Em 2010, teve início um processo de ampliação, com unidades no Itaim Bibi e nos Jardins, além da inauguração de um hospital em Brasília, em 2019.

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Se há lugar para mais um Sírio-Libanês na capital paulista? “Não acho que haja espaço para mais leitos em São Paulo”, diz o diretor. Para 2022, os projetos em inovação e tecnologia devem continuar fortes. “Vamos construir um ‘Waze’ para os pacientes transitarem pelo complexo”, promete.

Fernando Ganem
Fernando Ganem, diretor -geral da instituição. (Divulgação/Divulgação)

A abertura na capital paulista do carioca Vila Nova Star, em 2019, trouxe um concorrente de peso ao seleto grupo de notáveis centros médicos da cidade. O recém-chegado planeja uma expansão significativa e contratou inclusive estrelas do Sírio-Libanês. “Um médico que trabalha conosco leva consigo parte de nossa reputação. Tal benefício reverte para a sociedade”, afirma Ganem.

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Publicado em VEJA São Paulo de 08 de dezembro de 2021, edição nº 2767

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