O Oscar 2024 elegeu Oppenheimer como o filme do ano. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou neste domingo (10) os vencedores da 96ª edição do prêmio, em uma noite sem surpresas.
Ao todo, o longa de Christopher Nolan, que acompanha a invenção da bomba atômica, ganhou em sete categorias (além da categoria principal, venceu em direção, ator, ator coadjuvante, fotografia, montagem e trilha sonora).
Já esperava-se que a obra ia fazer a limpa na premiação. Ela tem a cara do Oscar: faz o retrato de uma figura notória americana, o físico Robert Oppenheimer, durante uma situação histórica marcante para o país, a Segunda Guerra Mundial. Também foi reconhecida em outras premiações, como a da academia britânica, o BAFTA, e a do Sindicato de Atores de Hollywood, o SAG.
Ao consagrar Oppenheimer, um filme majoritariamente masculino, a academia deixa de lado uma série de produções protagonizadas por mulheres na frente e atrás das câmeras, como Anatomia de Uma Queda, Barbie e Vidas Passadas, em uma temporada marcada pelos diversos recortes da experiência feminina.
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O segundo lugar da premiação ficou com Pobres Criaturas, que levou quatro estatuetas para casa (melhor atriz, figurino, maquiagem e design de produção). A vitória de Emma Stone, a segunda em sua carreira, também era prevista, após ela ganhar no Critics’ Choice e no BAFTA. Havia, no entanto, uma expectativa de que Lily Gladstone fosse a atriz vencedora, por Assassinos da Luz da Lua das Flores, já que o Oscar tem mostrado uma preocupação em premiar nomes que nunca ganharam.
Outros prêmios também eram esperados. É o caso de ‘What Was I Made For?’, música de Billie Eilish e Finneas para Barbie, como melhor canção original, e Da’Vine Joy Randolph, por Os Rejeitados, como melhor atriz coadjuvante.
A premiação ainda deu continuidade ao movimento de interesse por produções de outros países e reconheceu obras do Japão (O Menino e a Garça, a melhor animação, Godzilla Minus One, os melhores efeitos visuais), da França (Anatomia de Uma Queda, melhor roteiro original) e da Ucrânia (20 Dias em Mariupol, melhor documentário).
Uma surpresa, talvez a única, foi a vitória de Cord Jefferson pelo roteiro adaptado de Ficção Americana, na categoria que tinha Oppenheimer como favorito.