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Filmes e Séries - Por Mattheus Goto

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‘O Menino e a Garça’: Hayao Miyazaki revisita o passado e celebra a vida

Animação em cartaz nos cinemas apresenta elementos clássicos do diretor japonês e tem grandes chances de levar o Oscar

Por Mattheus Goto
23 fev 2024, 06h00
Foto de O Menino e a Garça
Atmosfera fantástica: menino e garça misteriosa falante (Divulgação/Divulgação)
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✪✪✪✪ Após dez anos longe das telonas, o diretor Hayao Miyazaki retorna com uma nova animação do Studio Ghibli. Ele se aposentou após lançar Vidas ao Vento (2013), mas decidiu voltar à ativa em 2017 para produzir mais um filme, afirmando ser seu último.

O Menino e a Garça, em cartaz nos cinemas, é uma epítome da vida e obra do cineasta nascido em Tóquio. O longa tem inspiração no livro How Do You Live, de Genzaburo Yoshino, mas apresenta adições pessoais de Miyazaki.

Vivendo o início da Segunda Guerra Mundial, o protagonista Mahito Maki, de 12 anos, precisa crescer em meio ao conflito e ao medo — assim como o diretor na vida real. Ao perder a mãe em um bombardeio a um hospital, é levado pelo pai para morar com a tia (que também vira madrasta) e um grupo de senhoras em uma casa afastada da cidade.

Tia-madrasta de protagonista e senhoras: cena de 'O Menino e a Garça'
Tia-madrasta de protagonista e senhoras: cena de ‘O Menino e a Garça’ (Divulgação/Divulgação)

Na mansão, nota a presença de uma garça misteriosa, que se aproxima no primeiro instante. O animal revela-se um ser falante e convoca o menino para ir a uma torre abandonada aos fundos do terreno, com a promessa de que poderia se reencontrar com a mãe em outra dimensão.

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Todos os elementos clássicos do diretor estão presentes, dos visuais vibrantes à narrativa que flutua entre sonho e realidade — ou, como o próprio Miyazaki diz, “um anseio por um mundo perdido”.

O cineasta chega a seu último filme revisitando o passado, em uma manifestação de realização e satisfação com a obra realizada. É uma celebração à sua vida e tem grandes chances de levar o Oscar de Melhor Animação.

Publicado em VEJA São Paulo de 23 de fevereiro de 2024, edição nº 2881

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