Ovo de Páscoa nunca foi lá muito barato. Esse ano, então, estão pela hora da morte — se mostram 40% mais caros em relação a 2021, segundo pesquisa realizado pela Associação Paulista de Supermercados (Apas). Há, porém, um “mercado paralelo” do qual fazem parte amantes de chocolate que não se importam em investir bastaaaante na guloseima.
Em algumas confeitarias de São Paulo, não é possível sair de sacola cheia sem pagar, ao menos, 286 reais pelo doce. É o caso da Stefan Behar Sucré, que comercializa algumas das opções mais caras da capital, nos shoppings Iguatemi e Pátio Higienópolis. O mais vendido da marca, o ovo puxa de pistache no baú, por exemplo, é cotado a 648 reais. Feito com chocolate 54% de cacau, é recheado do fruto seco importado da Itália e caramelo (por isso, o “puxa”). Pesa 1 quilo e vem acomodado em cetim dentro de uma caixa de estampa metalizada, como se fosse um baú mesmo.
Charminhos extras como esse estão em vários ovos da marca. Outros exemplos? As pétalas de pasta americana da versão decorada com rosinhas (698 reais, 680 gramas), modeladas uma por uma, o que ajuda a elevar ainda mais o preço do doce recheado de brigadeiro.
De acordo com o proprietário da marca, o confeiteiro Stefan Behar, que já trabalhou no marketing da grife Louis Vuitton e fabrica ovos desde 2015, os doces chegam aos preços mais elevados por causa dos custos de produção. Ele garante que todos são feitos artesanalmente com ingredientes importados, como os chocolates belga e o francês, e o design da embalagem é elaborado pelo próprio profissional. “É claro que marca em si também agrega valor porque somos prestigiados”, acredita.
O doce de Páscoa mais caro da casa, o ovo gigante de dragê, chega a 1.296 reais. É grandalhão, com 2,9 quilos e tem a casca toda salpicada de confeitos coloridos. Vem acompanhado de ovinhos crocantes e de um coelho de pelúcia. Por não ser adicionado conservantes aos produtos, Stefan explica que os ovos duram até vinte dias, e a reposição é feita quase que diariamente.
Há outras marcas na cidade que vendem ovos de luxo. É o caso da Chocolat du Jour, premiada pelo COMER & BEBER, que produz o próprio chocolate. O corações, com 1,2 quilo, chega a 950 reais. O fabergé, de 900 gramas, sai a 780 reais.
“Diferente da grande indústria, trabalhamos apenas com cacau selecionado desde a colheita e que custa até quatro vezes mais. Esses ovos são como uma escultura porque uma pessoa dedica um certo tempo para criá-lo”, explica Patrícia Landmann, proprietária da rede.
Se passa pela sua cabeça desembolsar tanto por um ovo, damos dicas mais em conta (basta clicar aqui). Também fizemos um ranking apenas com ótimas opções ao leite.
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