O legítimo bauru do Ponto Chic por menos

O legítimo bauru: queijos derretidos, rosbife, tomate e pepino em conserva (Foto: Sophia Braun)

Chegar aos 91 anos com a saúde de ferro não é para qualquer um. Se o número é impressionante para uma pessoa, imagine para uma lanchonete, cuja sobrevida é muito menor. (Curiosidade: de acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, 35% dos estabelecimentos fecham antes de completar o primeiro aniversário.) Não fosse o bauru, o Ponto Chic poderia ter sido apenas mais uma estatística. Vai saber?

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O importante é que não foi. Em 1936, catorze anos depois de sua fundação, no Largo do Paiçandu, a lanchonete com ares de boteco foi palco da invenção do tradicional sanduíche. Apesar de muita gente acreditar que o lanche seja composto de presunto, o legítimo bauru leva apenas uma mistura de queijos prato, gouda, suíço e estepe derretidos mais rosbife, tomate e pepino em conserva no pão francês sem miolo. Com exceção do pepino, que teria sido adicionado ao prato durante os anos 1950, este clássico paulistano é obra do então estudante de Direito Casimiro Pinto Neto, nascido na cidade de Bauru.

Tudo muito interessante, certo? Mas você deve estar se perguntando por que eu contei essa história aqui. Justifico a longa introdução com uma boa notícia para o bolso: de segunda a sexta, das 15h às 19h, o sanduíche ganha preço promocional. Baixa de caros R$ 19,80 para R$ 11,90.

Quem mora na cidade e ainda não conhece o lanche, ganhou a deixa de que precisava. Como o desconto vale em todas as unidades da rede (centro, Paraíso e Perdizes), será difícil arranjar desculpas para não experimentar esse clássico da culinária paulistana.

S.B.

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