Amadores: corredores que estão ali para manter a forma, para cuidar da saúde, para buscar superação pessoal, para sentir prazer com a atividade física. Esse grupo é composto por pessoas dos mais variados níveis: iniciantes, intermediários, avançados e alguns até são bem fortes – só que todos ainda são amadores. Evoluir é bom e todo mundo quer. A minha grande preocupação é quando o amador entra numas de querer treinar como profissional.
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Eu já trabalhei com atletas profissionais, estive em Olimpíadas e conheço bem esse universo de extrema dedicação ao esporte. Um profissional é feito de inúmeras variáveis: talento, VO2 (o volume máximo de oxigênio que o corpo consegue adquirir do ar), capacidade de assimilar o treinamento, disciplina, foco, etc. Então não é só ir ali e treinar feito um louco – aumentando absurdamente o volume de treino – ou se sentir em plena forma física para você avançar tal qual um profissional.
O profissional é capaz de suportar cargas muito duras – que raríssimas vezes poderiam ser suportadas por um amador. Tem gente que entra nessa brincadeira e se dá mal. Nem todos foram feitos para o Olimpo, mas todos podem correr bem, com saúde, com energia e, o melhor, por toda a vida.
Quem está começando deve cumprir seu treino como planejado, entendendo que há uma adaptação do corpo ao exercício, para só depois pensar em progredir. Quem já está em nível intermediário ou avançado deve igualmente respeitar as orientações propostas. Os aumentos de volume e de intensidade por conta própria nem sempre trazem o retorno esperado. O exagero pode gerar over training e inúmeros malefícios para a saúde.
Evoluir, meu caro, depende de paciência. E você tem de entender também que é possível chegar até um determinado patamar – ultrapassar essa linha pode causar problemas. Muita calma nessa hora!
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