É nítido o entusiasmo do iniciante quando começa a correr. Em algumas semanas de treino, ele já nota evolução em seu fôlego e acha que está pronto para mais e mais quilômetros. Aí é que mora o perigo. Isso porque o sistema musculoesquelético se adapta de maneira mais lenta do que o cardiovascular.
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Ou seja: seu coração geralmente tem melhor resposta ao exercício do que seus músculos e ossos, especialmente se você carrega um histórico de sedentarismo. Abrace a atividade física com entusiasmo, mas não pule etapas.
Confira algumas recomendações importantes para não se machucar logo no início:
1 – Frequência: três treinos semanais de até 45 minutos cada um, em ritmo leve a moderado, estão de bom tamanho;
2 – Descanço: respeite o intervalo de 24 horas e, em alguns casos, até 48 horas, entre um treino e outro, para não sobrecarregar estruturas como ligamentos, tendões, músculos e ossos;
3 – Sentiu uma dorzinha?: analise a situação antes de calçar o tênis. Não é para desanimar, mas sim dar atenção: veja o que seu corpo está querendo dizer. Se você forçar agora pode ter de parar por mais tempo lá na frente;
4 – Ainda sobre a dor: o quadro é mais preocupante quando é unilateral. Não se automedique e nem finja que nada está acontecendo. Vale procurar um médico para uma avaliação mais detalhada;
5 – Se tiver de parar por alguns dias, pare: não acelere seu retorno às corridas sob o risco de agravar a dor ou a lesão ou até criar uma nova encrenca, devido à compensação do movimento. Tem gente que começa sentindo um pequeno incômodo e na tentativa de ignorá-lo sobrecarrega outra parte do corpo. Resultado: arruma mais problemas;
6 – Complemento: para que seus músculos e ossos ganhem resistência e possam acompanhar o ritmo de seu coração, é importante aliar um programa de exercícios de musculação a seus treinos de corrida.
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