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Blog do Lorençato

Por Arnaldo Lorençato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
O editor-executivo Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há mais de 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 16 000 avaliações. Também comanda o Cozinha do Lorençato, um programa de entrevistas e receitas. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie
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MasterChef: o que fará o eliminado Estefano Zaquini

Não houve lencinhos que secassem a choradeira no fim do mais recente episódio do MasterChef, levado ao ar na noite de ontem (11 de novembro). Até porque não são oferecidos para os participantes para que as cenas sejam mais realistas. Foi justamente o jurado chorão Henrique Fogaça (Sal Gastronomia, Admiral’s Place e Cão Véio) o […]

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Atualizado em 26 fev 2017, 20h20 - Publicado em 12 nov 2014, 13h57
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    Estefano: eliminado e premiado com um contrato no Tartar&Co (Fotos: divulgação)

    Não houve lencinhos que secassem a choradeira no fim do mais recente episódio do MasterChef, levado ao ar na noite de ontem (11 de novembro). Até porque não são oferecidos para os participantes para que as cenas sejam mais realistas. Foi justamente o jurado chorão Henrique Fogaça (Sal Gastronomia, Admiral’s Place e Cão Véio) o arauto da má notícia para os piores da noite: Cecília Padilha e Estefano Zaquini.

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    Um deles teria que deixar o reality culinário MasterChef Brasil e, para trás,  ficaria a chance de embolsar o prêmio de 150 mil reais, além de publicar um livro com as próprias receitas.

    O bonachão Estefano abriu o berreiro assim que ouviu de Fogaça: “Estefano você deixa seu sonho hoje aqui com a gente.” Em meio a uma torrentes de lágrimas e com muita dificuldade para falar, o rapaz começou com um pedido de desculpas. “Eu peço perdão. Eu não queria desonrar a cozinha do MasterChef. Perdão à minha família.”

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    Fogaça foi o primeiro a lembrar que Estefano tinha apenas 19 anos (na época) e foi longe. Paola Carosella (Arturito e La Guapa Empanadas Artesanais) foi ainda mais enfática: “Você não faz ideia do que você fez, do que você aprendeu. ” Mas a grande oportunidade veio de Erick Jacquin (Tartar & Co e La Cocotte Bistrot). “Estefano eu tenho uma equipe boa, eu vou te dar o meu cartão e a minha equipe vai te ensinar tudo o que você precisa saber para ser um grande cozinheiro”, prometeu o cozinheiro para o rapaz que vive em uma favela de Santo André, no Jardim Cristiane.

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    Conversei com Jacquin no fim desta manhã. Estefano trabalhará no Tartar & Co, bistrô em Pinheiros, do qual o chef francês é consultor somente a partir da semana que vem. Como o Tartar & Co tem uma cozinha envidraçada que pode ser vista de quase todos os pontos do salão, Estefano ainda não começou seu aprendizado anunciado ontem. Era dar pinta e entregar que já não fazia parte do MasterChef Brasil desde o fim de agosto, quando foi sua eliminação.

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    “Ele tem potencial e será contratado como ajudante de cozinha”, explica Jacquin. “Como Estefano mora muito longe do restaurante, ele trabalhará apenas pela manhã.” As tarefas iniciais não são nada glamourosas. Por enquanto, Estefano passará longe da praça de doces, sua paixão. Ele teria de receber, lavar e picar as verduras. Também se encarregará de montar alguns pratos frios. No tempo livre, Estefano continuará vendendo bolos e salgados, como faz até hoje.

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    A contratação foi um presente para o rapaz que completou 20 anos na segunda (10 de novembro). Embora tenha conquistado o público, o postulante a cozinheiro profissional deu algumas derrapadas. A tortinha servida para o culinarista Daniel Bork, no  programa retrasado, tinha um grampo. Mesmo tendo prometido uma clássica feijoada de botequim na primeira prova do programa de ontem, ele e o professor Jaime Junior serviram arroz mal cozido e um feijão salgado. A feijoada do gueto, como eles intitularam, beirou o desastre. E quando foi necessário matar o caranguejo, Estefano se desesperou.Fez tudo errado, segundo os jurados.

    Talvez sejam doçura e a coleção de tropeços do rapaz da comunidade que tenham garantido  um lugar no coração dos telespectadores. E uma enorme torcida. Cake Boss brasileiro, avante!

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