O episódio anterior de MasterChef Brasil foi dos bons. Sempre na dela, Iranete surpreendeu. A baiana que trabalha como doméstica em duas casas paulistanas ganhou a primeira disputa da noite. Encarou a caixa misteriosa com ingredientes asiáticos — tinha um pitu bem brasileiro e vivo no pacote — e fez um prato que derreteu os jurados Paola Carosella (Arturito e La Guapa Empanadas), Henrique Fogaça (Sal Gastronomia, Admiral’s Place e Cão Véio) e Erick Jacquin (Tartar & Co). Espantou ver Paola se rendendo a pouco esforçada Iranete, que dois programas antes encostou o burro na sombra e fez uma musse de chocolate cheia de gelatina, criticadíssima, com razão, pela chef.
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A surpresa maior está no fato de Iranete ter se mostrado uma grande estrategista. Logo em seguida à vitória, houve a prova da mandioca. Coube a Iranete distribuir aos participantes a mandioca e os derivados com que cada um deles tinha de preparar.
Ela percebeu os pontos fracos de cada um de mandou ver. Conquistou ódios eternos entre os participantes e também de alguns espectadores — confesso que virei fã. Quis, por exemplo, castigar o Cristiano, o outro baiano desta temporada. Deu a ele o tucupi, sumo de mandioca brava que ele nunca tinha provado ou ouvido falar. Não adiantou nada e só detonou uma rixa entre os dois. Apesar das dificuldades, ele fez panelada (cozido, ok?) e sagrou-se vencedor.
Iranete quase leva a nocaute outra participante, Aritana, a filha de Oscar Maroni capaz de matar um boi, mas que quase chora diante de um pacote de flocos de goma para tapioca. A competidora só foi capaz de preparar um casca dura que precisava de um serrote para ser cortada. Imagina o efeito disso nos dentes; pior, caindo no estômago. Pobre MasterJurados.
Aritana só não conseguiu ser pior que o comandante Hamilton. Depois de ter feito um sushi horror que Paola esmagou e não comeu na primeira prova, o piloto de helicóptero foi à forra. Mandou uma farofa de mandioca dura com pato e purê de banana sem molho. Talvez quisesse matar os jurados engasgados. Mas antes disso de cometer uma sandice, foi para o céu. Voltou a voar.
A noite de hoje vai ser de muito nervosismo. Começa com os competidores divididos em duas equipes. De um lado, estão os cozinheiros sob o comando de Iranete, do outro, as pessoas estão sob as ordens de seu arquirrival, Cristiano.
Os dois grupos têm uma missão arriscada. Precisam fazer 400 “finger foods” para a festa de aniversário de ninguém menos que Damien Loras, cônsul geral da França em São Paulo. Para começar, gourmetizaram salgadinhos com esse nome americanizado. No vai-e-vem de servir os convidados de paladar exigente, Iranete precisará de corpo fechado. Cristiano promete vingança.
De volta ao estúdio, haverá uma eliminatória cujo prato é uma lasanha. Terá gente dançando na massa, aliás coisa que tem acontecido com reality culinário concorrente.
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