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Blog do Lorençato

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O editor-executivo Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há mais de 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 16 000 avaliações. Também comanda o Cozinha do Lorençato, um programa de entrevistas e receitas. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Projeto Gastronomia Periférica forma profissionais na quebrada

O liceu culinário do chef Edson Leite tem vagas disputadas e está para abrir novas inscrições

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Atualizado em 20 jan 2022, 14h31 - Publicado em 28 Maio 2021, 06h00
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  • Formadora de profissionais para o ramo culinário, em especial de bairros da Zona Sul paulistana, a Gastronomia Periférica, ou GP, idealizada e comandada pelo chef Edson Leite, teve as atividades presenciais interrompidas com a decretação da pandemia do coronavírus em março do ano passado. “Nem de longe as restrições fizeram com que a escola parasse. Pelo contrário. Investimos nos cursos remotos, via plataforma própria”, explica.

    Com a mudança, houve inclusive uma ampliação de público, com inscrições recebidas de outros estados. “Nosso foco são mães e pretas. Sempre que olhamos para a periferia, vemos que elas são sozinhas e sem qualificação”, esclarece. “As mulheres são essenciais. Compõem 70% da equipe, 80% dos educadores e 83% dos formandos de 2020.”

    Na cozinha ao fundo, aparecem cinco mulheres com uniformes de chef. Quatro estão de pé e uma ajoelhada para a foto. Todas aparecem sorrindo para a foto.
    Formandas da turma de 2019: na companhia da educadora de gastronomia brasileira Maria do Socorro (de lenço cinza) (Divulgação/Divulgação)

    Na última seleção, realizada pelo liceu de culinária do Capão Redondo no início do primeiro semestre, Leite diz ter contabilizado 1200 inscrições para um total de 240 vagas. Elas distribuem-se em duas turmas, uma voltada para cozinheiros empreendedores e a outra para profissionais que pretendem buscar colocação em restaurantes, bares e eventos, estes quando retornarem. Como nem todos os alunos têm acesso à internet, há um mapeamento dessas limitações para que a GP auxilie o estudante financeiramente.

    No início da pandemia, os insumos eram enviados à casa dos participantes para o aprendizado. Embora a concentração seja na capital paulista, há, hoje, alunos de cidades de outros doze estados. Por isso, cada um deles recebe uma ajuda financeira para a compra dos ingredientes, que precisa ser comprovada por nota fiscal.

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    Há patrocinadores que garantem esse processo. “Nosso maior aporte financeiro é do Carrefour, que se preocupa com a inclusão social. É por volta de meio milhão de reais. Nesse guarda-chuva, temos ainda a Fundação Tide Setubal, a Barilla e a Nespresso, nossa mais antiga parceira”, enumera. Além de professores, há ainda o acompanhamento de tutores, cujas orientações pude ver em alguns vídeos.

    As disputadas inscrições para as 240 vagas do segundo semestre rolam durante setembro e podem ser feitas pelo site gastronomiaperiferica.com.br. Fique de olho.

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