Figurati serviu o último macarrão no domingo
Mais uma baixa. O Figurati serviu seu último macarrão no dia 13, o domingo passado. Primeira investida em culinária italiana do Grupo Le Vin — rede de bistrôs com três unidades em São Paulo, além de filiais no Rio de Janeiro e Brasília — o restaurante fechou às vésperas de completar um ano e três […]
Mais uma baixa. O Figurati serviu seu último macarrão no dia 13, o domingo passado. Primeira investida em culinária italiana do Grupo Le Vin — rede de bistrôs com três unidades em São Paulo, além de filiais no Rio de Janeiro e Brasília — o restaurante fechou às vésperas de completar um ano e três meses.
Conversei agora com o sócio Francisco Barroso. Ele contou que o motivo do fechamento não foi o cardápio com preços salgados, mas a localização. “Desisti daquela rua”, diz. “Não aguentava mais pagar multa do carro dos clientes, que tinham de parar em fila dupla.”
No balanço feito pelo empresário, ele calcula encerrar o negócio com um prejuízo de 1,4 milhões de reais. Nesse montante, não estão incluídos mais de 2 milhões de reais usados para montar o restaurante. “Só no retrato do Fellini, feito pelo [Luiz] Tripolli , paguei 15 mil reais.”
Por enquanto, o espaço do Figurati segue montado para eventos e está à venda “Mas só um louco para ficar com aquele ponto”, garante Barroso.
O empresário revela ainda que tentou transferir o Figurati para outros lugares, sem sucesso. “Procurei outros locais, mas os que encontrei estavam por valores absurdos”, garante. “Tentei negociar com a Lindinha Sayon, mas ela me pediu 38 mil reais de aluguel por mês pelo imóvel onde funcionava o Dolce Villa, no Itaim. Não dá para pagar essa quantia.” O restaurateur também conta ter negociado com o dono do Santovino, mas se recusou a desembolsar os 12 milhões de reais pedidos pelo ponto. “É caro demais”, queixa-se. “Os preços estão loucos. Só fico triste pelo meu filho [Fred Barroso], que era o chef. Ele estava curtindo cuidar do Figurati.”