Nem vou me preocupar em comentar com mais detalhes o episódio anterior de Cozinha Sob Pressão. Normalmente, não torço por nenhum candidato. Mas gostei particularmente de Deborah Sisti, a última eliminada. Embora fosse muito mais velha que a garotada que estava no programa, com idade para ser mãe de alguns deles, Deborah tem garra. E foi longe no programa.
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Até cair fora porque cometeu muitos erros no jantar daquela noite, Deborah garantiu muitas risadas para quem está do lado de cá da tela. Ela, a resmungona mór, por vezes, uma mandona insuportável. Politicamente incorreta em alguns momentos e sempre sem papas na língua, criticou, por exemplo, a colega Luciana Gonzalez quando a concorrente elogiou a pele do Carlos Bertolazzi (Zena Caffè) — sim, a Luciana forçou a barra, mas a Deborah não precisa dizer que o negócio da Luciana era outro. No outro extremo, afeiçoou-se do Hugo Grassi, mostrando que não tem preconceito com o amigo careteiro. Tanto que se despediram com o selinho que abre este post.
Conversei com a Deborah há pouco. Ela conta que partiu feliz. Não esperava ter ficado tanto tempo na disputa e chegar entre os seis finalistas. “Entrei para no Cozinha Sob Pressão sem muita esperança de ganhar. Sou confeiteira profissional”, conta ela que hoje dá aulas na Universidade de Guarulhos e chegou na lecionar na Anhembi Morumbi e na FMU na área de doces artísticos. “Fiquei superfeliz porque sai bem depois de gente acostumada com cozinha de restaurantes, chefs mesmo”, conta.
Sobre sua eliminação, acredita que Bertolazzi pegou no seu fraco. “Não gosto de carne, melhor, detesto trabalhar com carne”, reafirma o que deixou claro durante o programa. Seu problema foi ter entendido que era um bife por prato na conversa que teve com o subchef Alex Caputo. Mas eram dois. “Tive de dividir e refazer tudo. A partir daí, a coisa desandou.” Mesmo com a derrota, a corintiana Deborah — avó, pai, mãe, marido torcedores do time do Parque São Jorge — garante: “Gostei bastante de até aonde fui.”
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Bem, vamos ao programa de hoje. Se os cinco remanescente são os melhores, os erros não param de acontecer em Cozinha Sob Pressão. Bertolazzi vai manter a vibe do chef encrencado e encrequeiro. Na prova do dia, a brincadeira é ir à feira e bancar o concorrente descolado. E por quê? O limite de gastos é de 50 reais e há apenas 5 minutos para as compras. Sabe-se que refeição no capricho, nem dá para dizer gourmet, essas criaturas vão preparar. Mas até aí, moleza. O problemas é que o Bertolazzi promoverá um troca-troca. Alto lá! Nem pense em bobagem. Ele vai mandar parte dos participantes trocarem suas sacolas. Na linha louro mau, descartará ingredientes. Para piorar, haverá gente que terá acesso à despensa. Ou seja, confusão na certa.
Também não estará bom o jantar desta noite. Voltam pratos e mais pratos. Coitados dos clientes que passam fome nesse restaurante. Os tropeços? Massa fria, polpettone com queijo que não derrete, carne fora do ponto… Tristeza.
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