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Blog do Lorençato

Por Arnaldo Lorençato Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
O editor-executivo Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há mais de 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 16 000 avaliações. Também comanda o Cozinha do Lorençato, um programa de entrevistas e receitas. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie

Cozinha do Lorençato convida Oscar Bosch

Sócio do Tanit e do premiado Nit, o chef conta que iniciou a vida profissional na Inglaterra descascando legumes no porão de um restaurante estrelado

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Atualizado em 20 jan 2022, 14h10 - Publicado em 14 fev 2020, 00h10

O papo não pode parar. Falar de comida é importante. E como! Toda semana tem novidade para você, ouvinte fiel. Chego agora ao 36º convidado do Cozinha do Lorençato, um podcast de gastronomia. Nessa conversa para lá de apetitosa, quem conta um pouco de sua história é Oscar Bosch. Eleito chef do ano em 2017, o comandante do Tanit não quis parar no restaurante. Em 2019 abriu o Nit, bar de tapas premiado como a revelação da categoria por VEJA SÃO PAULO COMER & BEBER.

Quando da inauguração do Tanit em 2016, Bosch evitava dizer que a casa era espanhola. Adotava a definição de mediterrânea. O motivo? O paulistano era resistente à especialidade, tanto que existem pouquíssimos representantes da categoria na capital.

Cozinha do Lorençato – Oscar Bosch
Bosch: “Já fui mais linha dura” (Arnaldo Lorençato/Veja SP)

Sobre as modernidades da cozinha de vanguarda, cheia de rotulagens perpetrada por chefs como Ferran Adrià e Joan Roca, com quem ele estagiou, é categórico: “Nunca gostei de rótulos. Faço uma cozinha na qual o sabor é o principal elemento”. A respeito de suas receitas, tem uma certeza. “Adoro cozinhar para os outros, mas nunca como o que cozinho.”

Adoro cozinhar para os outros, mas nunca como o que cozinho

Oscar Bosch, chef do Tanit e do Nit
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Ao longo de nosso encontro, deixa escapar inconfidências. Revela, por exemplo, que um chef também espanhol e ex-sócio um restaurante cinco estrelas Comer & Beber em São Paulo, implicava muito com ele quando ambos trabalhavam justamente no El Celler de Can Roca, de Joan Roca, na Catalunha. “Eu cuidava das sobremesas junto com Jordi Roca e ele não tinha ascensão sobre mim”, diverte-se. O nome do cozinheiro catalão você descobre ouvindo o podcast.


Com muitos prêmios na estante, o Bosch deixa escapar um começo de carreia nada glamouroso quanto trabalhou na Grã-Bretanha. “Não falava um pio de inglês. Comecei nesse restaurante estrelado descascando legumes no porão.”

Homem no mar carrega peixe no ombro
Chef do ano em 2017: foto antológica como o cozinheiro que ama o mar (Leo Martins/Veja SP)
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Em São Paulo, depois de muitas erradas, acertou mão no Tanit. “Com o prêmio de chef do ano, deixei de ser anônimo”, enfatiza. Hoje, no pequeno salão para 46 pessoas vende nada menos que 800 quilos polvo por mês. Também faz um leitão cozido em baixa temperatura, com aquele gostinho de quero mais, que é campeão de vendas.


Bosch conta que já foi um chef linha dura, duríssima, que não admitia erros. Melhorou muito, está mais tolerante. Mas alerta sobre algo que o irrita muito. “Hoje em dia, tem muita molecada que sai da cozinha achando que já é chef. Um grande erro”, afirma. Para saber tudo, d
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