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Blog do Lorençato

Por Arnaldo Lorençato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
O editor-executivo Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há mais de 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 16 000 avaliações. Também comanda o Cozinha do Lorençato, um programa de entrevistas e receitas. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Morre Daniel Redondo, um dos fundadores do Maní

O cozinheiro, que levou o prêmio de chef do ano pelo COMER & BEBER em 2015, trabalhou por onze anos em parceria com Helena Rizzo

Por Saulo Yassuda Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Arnaldo Lorençato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 25 nov 2023, 13h07 - Publicado em 25 nov 2023, 11h39
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  • Morreu na sexta (24) o chef catalão Daniel Redondo. Um dos fundadores do restaurante Maní, em 2006, o cozinheiro, de  46 anos, sofreu um acidente de moto.

    Nascido em Girona, ele se desligou oficialmente da casa do Jardim Paulistano em 2017. Por onze anos, o profissional dividiu os fogões com a ex-esposa Helena Rizzo, que hoje segue à frente do estabelecimento. A parceria continuava após o fim do casamento deles, em 2014.

    Maní
    Helena Rizzo e Daniel Redondo no Maní (Mario Rodrigues/Veja SP)

    O espanhol chegou na capital paulista com Helena, que conheceu nos bastidores do estrelado El Celler de Can Roca, na Espanha, onde os dois trabalharam — Redondo dava expediente ali desde os 15 anos. “Um cozinheiro extraordinário”, elogiou o perfil do restaurante no Instagram.

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    Em 2015, Redondo levou o prêmio chef do ano por VEJA SÃO PAULO COMER & BEBER. Nesse mesmo ano,  cuidou da inauguração do Manioca, no Shopping Iguatemi.

    De retorno à Espanha, Redondo assumiu as cozinhas do restaurantes do Grupo Rubaiyat, que na época tinha oito restaurantes, um deles em Madri. Em São Paulo, sua intervenção mais notável foi no menu do A Figueira Rubaiyat. A parceria durou pouco mais de um ano.

    A morte do cozinheiro foi repercutida pelo perfil do restaurante Maní também:

    Recebemos esta manhã a triste notícia de que o chef Daniel Redondo partiu. talentoso, compenetrado, técnico, rigoroso e, às vezes, até um pouco ranzinza, porém adorável, doce e querido. Sem ele, não haveria o Maní. não ao menos da maneira como o restaurante foi pensado, há quase 18 anos. Dividiu por 11 anos o comando da cozinha com Helena, sua ex-companheira. Juntos, escreveram um capítulo importante na história da gastronomia brasileira até sua saída da sociedade, em 2016. descanse em paz, Dani, querido.

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    Leia o texto do COMER & BEBER 2015, quando Daniel Redondo foi o chef do ano, escrito por Arnaldo Lorençato:

    Um dos autores do menu do Maní e responsável pela inauguração do Manioca neste ano no Shopping Iguatemi, o cozinheiro espanhol imprime sua marca nos pratos dos dois restaurantes
    Arnaldo Lorençato e Helena Galante Saulo Yassuda

    Não é missão fácil apontar a autoria de cada sugestão do cardápio do Maní, onde a cozinha é construída a quatro mãos. Quase todos os pratos nascem da parceria entre os chefs Helena Rizzo e Daniel Redondo, que foram casados até quase dois anos atrás. “Profissionalmente continuamos fortes e firmes”, afirma o cozinheiro nascido em Girona, na região da Catalunha. No mais recente menu, lançado há pouco mais de um mês, a marca de Redondo ficou mais evidente, entre outros motivos, porque Helena está ausente para cuidar de seu bebê, que acaba de nascer. “Embora repletas de ingredientes brasileiros como açaí, cajuína e tucupi, as receitas nunca foram tão espanholas”, acredita o cozinheiro. Um exemplo é o melhor prato desta temporada, o lagostim servido sobre arroz bomba cozido com grão-de­bico, linguiça temperada com páprica e aïoli. “Como esse arroz desde que nasci”, exagera. Outra de suas criações é uma sobremesa feita de fatias finas de pepino recheadas de iogurte mais sorbet do vegetal e lichia com pérolas geladas da mesma fruta (foto abaixo). De seus 38 anos, Redondo passou mais da metade na cozinha. Ele começou com apenas 15 anos no Can Roca, restaurante dos pais do chef Joan Roca. Logo depois, transferiu-se para o Celler de Can Roca, do próprio Roca, considerado pela segunda vez o melhor restaurante no ranking 50 Best da revista inglesa Restaurant. Numa prova de versatilidade, Redondo cuidou pessoalmente da inauguração do Manioca, outro sucesso com grife do Maní, no Shopping Iguatemi.

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