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Blog do Lorençato

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O editor-executivo Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há mais de 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 16 000 avaliações. Também comanda o Cozinha do Lorençato, um programa de entrevistas e receitas no YouTube. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie

Jamie Oliver Kitchen é o novo restaurante do chef britânico em São Paulo

Depois de uma década, o Jamie’s Italian, no Itaim Bibi, passou por um “retrofit” à brasileira, do ambiente ao menu

Por Arnaldo Lorençato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 13 mar 2025, 20h27 - Publicado em 13 mar 2025, 16h11
Homem com caneca na mão e sorrindo
O chef britânico Jamie Oliver: inauguração do Jamie Oliver Kitchen nesta sexta (14) (Richard Clatworthy/Divulgação)
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Depois de uma década, o Jamie’s Italian não existe mais em São Paulo. Mas a marca britânica de restaurantes não desapareceu da cidade e vem passando por mudanças desde agosto de 2021, quando passou a dividir parte de seu imóvel de 500 metros quadrados com a Kopenhagen.

A transformação mais radical foi em 4 de fevereiro deste ano, quando o restaurante italiano encerrou as atividades para a troca de bandeira.

A inauguração está marcada para esta sexta (14), agora como Jamie Oliver Kitchen, na mesma Avenida Horácio Lafer, 61, no Itaim Bibi. “Jamie Oliver Kitchen é o resumo das melhores receitas das viagens e livros feitos pelo Jamie”, explica Lisandro Lauretti, chef e responsável operacional do grupo, formado ainda por Marcelo Goldfarb, Diego Sala e, há um ano, Dennis Nakamura, executivo egresso do iFood.

Com um conceito diferente do anterior, esse restaurante surgiu primeiro em Brasília, onde seria o segundo Jamie’s Italian. Atropelados pela pandemia, os controladores não conseguiam mais importar, por exemplo, o pão de fermentação natural feito na Sardenha. “O menu foi criado por meio de vídeos que mandávamos para a aprovação da matriz britânica”, explica Lauretti.

Homem olhando para a foto e sorrindo
Lisandro Lauretti: chef e responsável operacional do grupo no Brasil (Agência Mr. da Vinci/Tiago Valezi/Divulgação)

Embora o empreendimento tenha começado pela capital federal, os cardápios nas duas cidades não são idênticos, uma vez que o fornecimento é feito por produtores locais. “Em São Paulo, não conseguimos carne de porco como encontramos ao redor de Brasília, onde há criadores preocupados com o bem-estar animal”, diz ele.

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Essa espécie de retrofit, com investimento de 1 milhão de reais, possibilitou redefinir o espaço, que nasce bem menor. São 102 lugares contra os 220 assentos do Jamie’s Italian de dez anos atrás. “Temos novos acabamentos, mesas, cadeiras, balcão do bar…”, detalha Lauretti. “Entendemos que restaurantes grandes vão ter dificuldade.”

Espaço com mesas e cadeiras e taças
Ambiente repaginado: retrofit com investimento de 1 milhão de reais (Agência Mr. da Vinci/Tiago Valezi/Divulgação)

No cardápio, agora com influências de países da Ásia, além do Brasil, há uma parruda seção de grelhados a carvão. “O brasileiro adora carne”, reconhece o cozinheiro-empresário. Ganharam espaço no menu cortes como o tomahawk, peça bovina de 1 quilo. A carne aparece ainda em entradas como o tataki.

As opções vegetarianas não foram esquecidas, caso da burrata com tomate e melancia.

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Pescados certificados, de acordo com os donos, são usados no fish and chips, receita inglesa de peixe empanado com fritas, molho tártaro e purê de ervilha.

O Jamie Oliver Kitchen é parte de uma rede de oitenta restaurantes espalhados por 23 países — desde a turbulência financeira enfrentada a partir de maio de 2019 na Grã-Bretanha, onde mantinha 25 estabelecimentos, o grupo britânico começou a dar passos para a revitalização por lá com a inauguração de um único restaurante, o Catherine St, em novembro de 2023, em Londres.

Embora tenha tido um embrião em Brasília, o Jamie Oliver Kitchen não existe só no Brasil — encontra-se na Alemanha, em Chipre e na Indonésia. Assim como o Catherine St, é também uma evidência da capacidade de reinvenção do cozinheiro televisivo inglês que marcou uma geração.

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Publicado em VEJA São Paulo de 14 de março de 2025, edição nº 2935.

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