Conheça os 17 vinhos brasileiros que conquistaram medalhas na China
Vinícolas de Ribeirão Preto e de Amparo estão entre as contempladas na 32ª edição do Concours Mondial de Bruxelles (CMB)

Foi do outro lado do planeta, mais precisamente em Yinchuan, capital de Ningxia, principal região vinícola da China, que o Brasil conquistou dezessete medalhas na 32a edição do Concours Mondial de Bruxelles (CMB), um dos mais importantes e conhecidos do mundo do vinho.
Durante três dias, entre 10 e 12 de junho, 375 degustadores especializados de cinquenta países, entre vinhateiros, enólogos, professores, representantes do trade e jornalistas, provaram às cegas 7 165 amostras apenas de tintos e brancos enviadas por 49 países, com os rótulos ocultos por capas de tecido, como na foto ao lado, para garantir total imparcialidade.
Todos estavam distribuídos em 75 mesas com cinco participantes em cada uma delas.
Tive a felicidade de integrar a competição como um dos avaliadores e entender a dimensão que ela ganhou desde o lançamento em 1994 na Bélgica — a partir de 2006, tornou-se itinerante.
No grupo do qual fui jurado, passaram vinhos de países como Romênia, Portugal e África do Sul, nenhum de terras brasileiras.
Participaram do CMB tanto países cujos rótulos são famosos por sua produção, como França e Espanha, quanto alguns que são mistérios por aqui e muitos lugares, caso do Cazaquistão e de Ilhas Maurício, além da própria China.
O Brasil, um dos representantes latino-americanos como Argentina, Chile, Uruguai, Peru, Bolívia e México, conquistou um total de sete medalhas de prata, nove de ouro e apenas um grande ouro, pontuação máxima obtida por menos de 3% dos vinhos inscritos na disputa.
Aliás, a organização do concurso informa que apenas cerca de 30% dos rótulos inscritos recebem algum tipo de distinção.
Entre as vinícolas nacionais participantes estavam as paulistas Davo, de Ribeirão Branco, Terras Altas, de Ribeirão Preto, e Terrassos, de Amparo, além da mineira Bárbara Eliodora e das gaúchas Aurora, Garibaldi e Jolimont.
A única grande medalha de ouro recebida pelo Brasil foi justamente para um branco, o Chardonnay Reserva 2023, produzido pelo Jolimont, que ainda não tive a oportunidade de degustar.
Neste ano, o país recebeu dezessete medalhas, contra nove de 2024.
CONCOURS MONDIAL DE BRUXELLES 2025 – BRANCOS E TINTOS
Medalhas de Prata
› Aurora Pinto Bandeira Chardonnay Branco Brut 2024
› Davo Vinho Fino Syrah 2023
› Jolimont Chardonnay Querências do Sul 2022
› Jolimont Cabernet Sauvignon Tradicional 2022
› Terras Altas Entre Rios Terroir Syrah 2022
› Terras Altas Entre Rios Equilíbrio Syrah 2023
› Terrassos Segredos de Inverno Syrah 2022
Medalhas de Ouro
› Aurora Reserva Cabernet Sauvignon 2022
› Barbara Eliodora Cuvée Syrah 2021
› Barbara Eliodora Gran Reserva 24 Meses Syrah 2021
› Barbara Eliodora Syrah Gran Reserva 205 2020
› Conde de Foucauld Cabernet Sauvignon 2021
› Garibaldi VG Palava Branco 2024
› Jolimont Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2017
› Terras Altas Entre Rios Evolução Syrah 2021
› Terras Altas Amplitude 25 Cabernet Sauvignon 2022
Grande Medalha de Ouro
› Jolimont Chardonnay Reserva 2023

Publicado em VEJA São Paulo de 11 de julho de 2025, edição nº 2952.
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