Os empresários Carlos Bettencourt e Juscelino Pereira têm motivos para celebrar
Os ex-maîtres-gerentes deram um grito de independência duas décadas atrás para abrir, respectivamente, o a bela Sintra e o Piselli
Em comum, ambos foram maîtres-gerentes, destacados líderes de serviço. Desde sempre, entenderam como poucos a arte de receber. E conquistaram como patrimônio uma carteira notável de clientes.
Duas décadas atrás, cada um à sua maneira, deram um grito de independência para ter o próprio negócio. Foi assim que o português Carlos Bettencourt, 64, deixou o extinto Antiquarius e abriu o luso a bela Sintra, no Jardim Paulista, além do Chiado, em Moema, e o Dois Rios, em Campos do Jordão.
Também 2004 e não muito distante do a bela Sintra, o paulista de Joanópolis Juscelino Pereira, 54, que fez escola no Grupo Fasano, montou o italiano Piselli, que frutificou no Piselli Sud, no Shopping Iguatemi, e nas filiais da Associação Comercial do Estado de São Paulo, no centro, e em Brasília.
Três perguntas para Carlos Bettencourt, do a bela Sintra
1. Qual o principal aprendizado da carreira?
É um aprendizado contínuo. Desde a saída do Antiquarius, aprendi que precisamos acreditar no nosso valor, ser perseverantes, mas saber que não fazemos nada sozinhos. É fundamental ter uma boa equipe que consiga reproduzir nossas intenções de bom atendimento e qualidade.
2. São poucos restaurantes portugueses na cidade. Por quê?
A cozinha portuguesa é muito trabalhosa. Até há bem pouco tempo, era necessária uma semana para dessalgar o bacalhau. O arroz de pato e a perna de cordeiro precisam de pelo menos uma manhã de preparo. E o a bela Sintra não tem apenas receitas portuguesas.
3. Como projeta o futuro?
Quero um futuro feliz ao lado da minha equipe e manter as minhas conquistas. Estou preparando os colaboradores mais jovens para assumirem mais responsabilidades.
Três perguntas para Juscelino Pereira, do Piselli
1. Qual a maior a lição nessas duas décadas?
Foi aprender na marra a gestão de uma empresa. Até então, me dedicava ao salão. Foi muito desafiador. Era apanhar e aprender (risos).
2. Como se manter em evidência numa cidade com tantos restaurantes italianos?
São alguns fatores. me apaixonei pela Itália e me especializei em algumas regiões. O Piselli foca no Piemonte. O Piselli Sud é mais ao sul, voltado aos pescados. Cheguei inclusive a fazer um guia de restaurantes na Itália para brasileiros (Itália para Comer e Beber Bem, 2015).
3. O que esperar para as próximas duas décadas?
A Mercato Piselli, loja virtual com produtos nossos, pode ter um ponto físico no futuro. Quero morar alguns dias em Atibaia, onde estou projetando uma pousada Piselli. Quero ainda ter um vinhedo para produzir vinhos na região de Campos do Jordão.
a bela Sintra
Especializado em cozinha clássica, é o mais refinado representante da culinária portuguesa em São Paulo. Entre as sugestões, está o bacalhau no forno, posta grelhada com batata, brócolis, tomate, alho e ovo (R$ 236,00). Rua Bela Cintra, 2325, Jardim Paulista, metrô Oscar Freire, telefone 3891- 0740/1090. Tem acessibilidade. Tem delivery. Tem retirada. abelasintra.com.br. $$$$
Piselli
Na casa dos Jardins, a tradição italiana se expressa no cardápio pontuado por refinamentos do chef Alex Ferraz. Uma das receitas mais antigas e de maior saída é o ravióli de queijo brie e pera (R$ 98,00), claro, elaborado no restaurante. Rua Padre João Manuel, 1253, Jardim Paulista, telefone 3081-6043. Tem acessibilidade. Tem delivery. Tem retirada. piselli.com.br. $$$
Publicado em VEJA São Paulo de 15 de março de 2024, edição nº 2884
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