Num ano tão difícil, uma boa notícia é ter o talento de Bel Coelho de volta presencialmente. A chef – à frente do Clandestino, dedicado agora apenas a entregas e não mais com o extinto e agradável espaço na Vila Madalena –, é responsável pelo Cuia Café e Restaurante, no interior da livraria Megafauna, novidade fresquinha de Fernanda Diamant no térreo do icônico Edifício Copan. Mas não adianta pintar lá para comer por enquanto. “A equipe está em treinamento e a abertura será no dia 10”, conta com exclusividade Bel Coelho.
Nesse primeiro momento, o Cuia vai funcionar apenas como café. “Montei um cardápio com alguns sanduíches, saladas e bowls com uma massa”, adianta. “Teremos , por exemplo, um bolo de iogurte com calda de pitanga (5 reais). Minha história de usar ingredientes nativos e de pequenos produtores continua”. Não poderia ser diferente. É a proposta que ela segue desde a primeira versão do Clandestino, instalada no piso superior do extinto restaurante Dui, também de Bel e que funcionou entre 2009 e 2013 nos Jardins.
Outras atrações do menu são a salada vermelha, composta de beterraba, tomatinho, castanha baru, raspadinha de melancia e queijo feta (26 reais), o waffle com mel de uruçu amarela e manteiga artesanal (23 reais) e a espuma morna de chocolate 70% com doce de bacuri, creme de cumaru e farofa de castanha-do-pará (19 reais). Para acompanhar, os cafés são da Isso É Café.
Nesse primeiro momento, as prateleiras do Cuia exibem também produtos prontos para levar. É possível comprar uma seleção de chocolates e méis, além de itens da Companhia dos Fermentados, que podem funcionar como bons presentes de fim de ano.
Quem é fã de Bel e tiver a intenção de jantar ainda terá de esperar. O restaurante só será inaugurado em 2021. “Embora não goste do termo, será um fining dining, que funcionará à noite”, revela. Entre outros detalhes do futuro cardápio, Bel explica que pretende usar a carne de maneira mais contida, no papel de um tempero. Também estará nos molhos, usados para adicionar sabor, coisa que pode ser feita com partes consideradas menos nobre e ossos.
“Se a gente como chef não oferecer receitas com menos carne, não reduziremos o consumo. O que faz a gente matar muitos bois e tantos outros animais é que as pessoas quererem os cortes de primeira, como um ojo de bife. Não acredito que desejo não vai mudar, mas pode ser mais racional”, propõe.
A conferir.
Clique para conferir o cardápio de estreia do Cuia Café e Restaurante
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