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Secretário diz que vai rever câmeras na PM, mas Tarcísio nega

Derrite afirmou em entrevista à rádio que programa seria revisto, mas Tarcísio disse que medida "trouxe segurança para sociedade"

Por Hyndara Freitas
Atualizado em 5 jan 2023, 17h03 - Publicado em 5 jan 2023, 17h02
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  • O secretário de Segurança Pública Guilherme Derrite afirmou que vai rever o uso de câmeras corporais por policiais militares em São Paulo. A fala foi feita na última quarta-feira (4), em entrevista à Rádio Cruzeiro, de Sorocaba.  “Nós vamos rever o programa. O que existe de bom vai permanecer e o que não está sendo bom, e que pode ser cientificamente comprovado, a gente vai propor ao governador possíveis alterações”, falou.

    Na manhã desta quinta-feira (5) porém, durante agenda no Palácio dos Bandeirantes, o governador Tarcísio de Freitas  (Republicanos) afirmou que não vai mexer no programa.

    “Neste primeiro momento a gente não vai fazer alteração alguma no programa de câmeras, a gente tá entendendo que trouxe segurança para a sociedade. Então vamos continuar monitorando, analisando números, principalmente no que diz respeito à produtividade para avaliar se algum ajuste na política pública é necessário”, falou o governador.

    “Toda política pública precisa ser reavaliada, mas o que é positivo precisa ser mantido, a gente está entendendo que a política pública trouxe uma segurança, então vamos preservar a política como está neste primeiro momento e ir avaliando ao longo do tempo como os números vão se comportando, e fazer ajustes pontuais naquilo que for eventualmente necessário”, acrescentou.

    Em nota divulgada há pouco, o Ministério dos Direitos Humanos manifestou “preocupação” com a fala do secretário. O comunicado cita estudos que comprovam a redução da letalidade policial e destaca que “o sucesso da política demonstrado pela ciência faz com que ela não apenas tenha que ser reforçada e ampliada nas regiões em que é aplicada, mas também que seja estendida a todas as unidades da federação”. A pasta ainda diz esperar que uma eventual revisão do programa “seja lastreada nas melhores evidências disponíveis e tenha como objetivo precípuo o respeito e a proteção do direito humano à vida, tanto dos trabalhadores da segurança pública quanto da população em geral”.

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