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OLÁ,

Empresária suspeita de ser mandante da morte de namorado é solta pela Justiça

Anne Cipriano Frigo precisará cumprir medidas cautelares

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 19h48 - Publicado em 10 ago 2021, 15h52
A imagem mostra Anne, abraçada com seu namorado. Só é possível o rosto dos dois, bem próximos, olhando para a câmera.
Anne Cipriane Figo, acusada de mandar matar o namorado (Reprodução/Veja SP)
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A empresária Anne Cipriano Frigo, suspeita de participar da morte de seu namorado, Vitor Lucio Jacinto, teve a prisão preventiva revogada. Responsável pelo caso, o juiz Marcus Alexandre Manhães Bastos, da 3ª Vara do Júri da Justiça de São Paulo, considerou que seria excessivo a manutenção da detenção.

Anne passará a cumprir medidas cautelares. Será necessário entregar o passaporte à Justiça, ela não poderá sair de casa aos fins de semana, feriados e está proibida de frequentar estabelecimentos que vendam bebidas alcoólicas.

De acordo com o magistrado, devido a posição de “destaque” da empresária, estando em “bastante evidência”, é tido como “muito difícil” supor que a soltura traria “riscos à instrução processual”. “De modo muito sincero, para este juízo, fica muito claro que, diante de seu potencial econômico, notório, não seria a prisão que a inibiria de promover atos direcionados a provocar prejuízos à prova do processo”, explica na decisão.

“Atente-se para o fato de que Anne é separada do pai de seus filhos e haveria evidente óbice a que empreendesse fuga, a não ser que se admitisse a possibilidade de que deixasse seus negócios e seus filhos para trás, o que não parece nada razoável. Ademais, sob a perspectiva de assegurar-se a aplicação da lei penal, sobreleva notar que medidas cautelares diversas do cárcere, neste caso, se revelam como de elevada eficácia e serão devidamente aplicadas adiante”, complementa o juiz.

Na decisão, Marcus Bastos analisa que “não há nada que sequer sugira que Anne poderá praticar crimes”. Segundo ele, não há registros passados perante a justiça criminal e que “bem como as circunstâncias do caso e o sua possível motivação, a luz da peça acusatória (teórica, portanto), revelam evidente crime de ocasião, em contexto de relacionamento pessoal intenso”. Logo, isso não representa perigo à ordem pública, segundo o juiz, contanto que sejam respeitadas as medidas cautelares impostas.

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Relembre o caso

Anne Cipriano Frigo, empresária de 46 anos, é acusada de ter mandado matar o namorado Vitor Lúcio Jacinto, de 42. Ela teria prometido pagar 200 000 reais para o corretor de imóveis Carlos Alex Ribeiro de Souza, 28, cometer o assassinato, segundo o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). 

A Justiça de São Paulo decretou a prisão temporária de 30 dias de Anne e Carlos Alex. Ela foi investidora da empresa Museu da Imaginação e atua no ramo do papelão, além de ter um imóvel avaliado em 20 milhões de reais.

Vitor Lúcio, que mantinha relação com Anne, foi encontrado morto no Jardim Herculano, na região da represa de Guarapiranga, Zona Sul de São Paulo, no dia 17 de junho. Segundo o delegado Fábio Pinheiro, diretor do DHPP, Carlos confessou o assassinato. Ele também disse que não chegou a receber o pagamento de 200 000 reais. 

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