A Delegacia de Defesa da Mulher de Sorocaba, interior do estado, investiga a denúncia de um estupro ocorrido em uma festa da Universidade de São Paulo (USP) durante os Jogos Universitários de Comunicação e Arte (Juca) na última sexta (27).
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Segundo nota publicada no Facebook pela atlética da Escola de Comunicação e Artes da entidade, uma estudante foi atacada durante a “FestaECA Sem Meio” por um rapaz identificado como aluno do Instituto de Física da USP. Após a denúncia, o agressor foi expulso da comemoração e a vítima foi levada à delegacia seccional para abrir boletim de ocorrência.
Ainda de acordo com o relato, o rapaz teria atacado outras três mulheres em eventos anteriores.
Leia o comunicado na íntegra:
“INFORMATIVO E NOTA DE REPÚDIO
A ECAtlética, BaterECA, e o Coletivo Feminista da ECA vêm por meio desta carta informar e repudiar o crime ocorrido durante os Jogos Universitários de Comunicações e Artes (JUCA), que ocorreu dos dias 26 a 29 de maio de 2016, em Sorocaba, interior de São Paulo.
Na última sexta feira (27/05), durante a “FestECA Sem Meio”, uma aluna ecana sofreu estupro por parte de um estudante do Instituto de Física da Universidade de São Paulo. Depois da denúncia, a vítima reconheceu o agressor e este foi expulso tanto da festa quanto do alojamento pela ECAtlética, organizadora do evento, e pelos seguranças contratados. Depois, ele foi escoltado até a rodoviária de Sorocaba. A vítima foi levada à delegacia para fazer boletim de ocorrência e o fez. Mas foi embora do JUCA e da cidade logo em seguida; por ora ela passa bem e está recebendo todo o apoio de seus amigos.
Não é a primeira vez que o autor do estupro, conhecido como ***********, que estuda Física no IF-USP, comete tal crime. Pelo menos outras três alunas da ECA também foram vítimas de estupros cometidos por ele na festa “Make Love, Not War” da Escola de Artes Dramáticas (EAD) da ECA, no dia 16/04. Ao ser abordado pelo segurança para ser expulso do evento, ***** mostrou-se violento e o agrediu, além de alegar ser gay como argumento válido para não ser punido. Só foi expulso, finalmente, com o auxílio de três seguranças.
Tendo agora conhecimento dos fatos, pedimos a todos e todas, e principalmente à comunidade ecana, que respeitem a privacidade da vítima e colaborem para sua recuperação sadia, evitando a disseminação de fofocas e especulações acerca do caso. O intuito desta nota é exatamente este: explicar e repudiar o ocorrido. No entanto, sabemos que tal ação não é suficiente, e, de fato, não nos contentaremos com ela: já estamos planejando as próximas medidas a serem tomadas e queremos pensar juntas e juntos maneiras de não deixar o agressor impune, mas prezando sempre pela segurança da vítima.”