Avatar do usuário logado
Usuário
OLÁ, Usuário
Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br

Projeto de lei quer tirar LGBTs de propagandas por ‘dano à criança’

Proposta que deve ser votada na quinta-feira (22) teve repercussão negativa entre diferentes entidades e é apontada como inconstitucional

Por César Costa
21 abr 2021, 17h00 • Atualizado em 27 Maio 2024, 20h21
Marta Costa, apoiada em um corrimão dourado, com uma roupa branca e sorrindo para a câmera
 (Alexandre Battibugli/Veja SP)
Continua após publicidade
  • Deputada estadual eleita pelo PSD, Marta Costa é autora do projeto de lei 504/20, que visa proibir a veiculação de peças publicitárias com diversidade sexual. A PL seria votada nesta terça-feira (20), mas foi adiada para a próxima quinta-feira (22).  

    No texto, a deputada afirma que a presença de pessoas LGBTQIA+ em propagandas traria “desconforto emocional a inúmeras famílias” e que mostrariam “práticas danosas” às crianças. A proibição viria com a intenção de “evitar a inadequada influência na formação de jovens e crianças”. “É nossa intenção limitar a veiculação da publicidade que incentive o consumidor do nosso estado a práticas danosas”, reproduz o documento. 

    Histórico de Marta Costa

    Em 2020, Marta Costa foi vice-candidata à prefeitura juntamente com Andrea Matarazzo, também do PSD. Evangélica e filha de pastor, defendeu a abertura de templos religiosos durante a pandemia e apontou o desemprego como o maior problema da capital paulista. 

    Siga

    Desde 2004 na política e tendo uma forte ligação com a igreja, foi eleita três vezes de forma consecutiva como vereadora em São Paulo, sendo vice-presidente da casa no último mandato. Agora, está no seu segundo mandato como deputada estadual, sendo eleita pela primeira vez em 2014 e reeleita em 2018, seu mandato atual.

    Repercussão negativa e rejeição

    A Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero da OAB e a Associação Brasileira de Agências de Publicidade se manifestaram contrárias ao PL, apontando-o como lgtbfóbico, inconstitucional e também uma ferramenta de censura.

    Continua após a publicidade

    Em nota, a Abap afirmou que a inconstitucionalidade da proposta vem devido à imposição de “discriminação à liberdade de expressão comercial e ao direito da orientação sexual”, considerando também uma tentativa de “censura de conteúdo, abrindo um precedente perigosíssimo para a liberdade de expressão aos direitos de minorias”. 

    A comissão da Ordem dos Advogados do Brasil também aponta como inconstitucional o projeto pela justificativa de que “somente a União tem competência para regular questões relacionadas à publicidade e propaganda”. 

    Agências de publicidade também se manifestaram contrárias ao projeto de Marta Costa. Usando a #PropagandaPelaDiversidade, pelo menos 30 delas publicaram posicionamento contrários em suas redes sociais. 

    Continua após a publicidade

    Continua após a publicidade

    +Assine a Vejinha a partir de 8,90.

    Publicidade

    Essa é uma matéria fechada para assinantes.
    Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

    Domine o fato. Confie na fonte.
    15 marcas que você confia. Uma assinatura que vale por todas
    Impressa + Digital no App
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital no App

    Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

    Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
    *Assinantes da cidade do SP

    A partir de 29,90/mês