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Poder SP - Por Sérgio Quintella

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Sérgio Quintella é repórter de cidades e trabalha na Vejinha desde 2015

Bruno Covas é reeleito prefeito de São Paulo

Tucano, que venceu Guilherme Boulos, do PSOL, garante que vai cumprir mandato na íntegra

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 29 nov 2020, 20h53 - Publicado em 29 nov 2020, 18h58
Bruno Covas, em evento de campanha (Divulgação/Campanha Bruno Covas/Veja SP)
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Bruno Covas, atual prefeito de São Paulo, superou seu oponente, Guilherme Boulos (PSOL), e foi reeleito neste domingo (29) para mais quatro anos de mandato. A posse está marcada para o dia 1° de janeiro de 2021. Com 100% das urnas apuradas, ele registrou 3,1 milhões de votos (59,31% do total), contra 2,1 milhões (40,62%) de Boulos.

Herdeiro da prefeitura após a renúncia de João Doria, em abril de 2018, Covas tem como missão imediata atuar no combate aos casos crescentes de coronavírus, apesar de o discurso até aqui ser de que não há contágio fora do controle. Há a expectativa de que algumas regiões do estado, incluindo a capital, regridam de fase (a verde) no plano estadual da quarentena. O anúncio poderá ser feito nesta segunda-feira (30).

Desde que assumiu o controle da cidade, o prefeito tucano tenta conseguir uma marca com seu nome, algo inatingível até o momento. Um dos planos, o de transformar o Elevado Presidente João Goulart, o Minhocão, em parque permanente, ainda não saiu do papel. Outra aposta, a reforma do Vale do Anhangabaú, ainda em execução, tem rendido mais críticas do que elogios.

Enquanto tentava a reeleição, Covas precisou explicar diversas vezes por que seu candidato a vice, Ricardo Nunes (MDB), foi acusado de violência doméstica pela sua esposa, em caso ocorrido há dez anos. Em entrevista à Rádio CBN, na última semana, o prefeito se irritou e disse que a imprensa persegue o atual vereador. Outra acusação que recai sobre Nunes é um suposto favorecimento a entidades conveniadas com a Secretaria Municipal da Educação. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público e está na fase inicial.

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A ideia original de Bruno Covas era ter uma mulher como vice. A ex-prefeita e ex-senadora Marta Suplicy chegou a ser cogitada, mas sua ligação histórica com o PT poderia atrair uma impopularidade desnecessária. Outro nome proposto foi a da senadora Mara Gabrilli (PSDB). A tentativa naufragou devido a pressão de partidos coligados, como o MDB e o DEM.

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Marta Suplicy
Marta Suplicy, em evento de Bruno Covas, na Zona Sul (Divulgação/Campanha Bruno Covas/Veja SP)

Neto do ex-governador Mário Covas, Bruno falou com a Vejinha em março de 2018, uma semana antes de assumir a prefeitura. A capa da revista, enquadrada, enfeita até hoje a entrada de seu gabinete. Na ocasião, o tucano logo tentou se descolar do ex-chefe e cravou: “Eu me orgulho de ser político”. A fala foi um contraponto ao discurso da campanha de Doria em 2016, segundo o qual “eu não sou político, sou gestor”.

Capa Bruno Covas
Bruno, na sede da prefeitura, pouco antes de assumir o comando da cidade (Léo Martins/Veja SP)
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Outra entrevista exclusiva, em novembro do ano passado, foi feita no Hospital Sírio Libanês. O prefeito tinha acabado de ser diagnosticado com um câncer no trato digestivo. Sem se ausentar do trabalho diário, ele levou tablet e assessores para despachar do quarto. “Minha única opção é lutar pela vida”, afirmou.

Bruno Covas
Bruno Covas, no hospital, em novembro de 2019 (Marcelo Justo/Veja SP)

 

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