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Aulas presenciais: secretário defende suspensão das atividades com alta da pandemia

Titular da secretaria estadual da Saúde afirmou que medida será analisada pelo Centro de Contingência da Covid-19

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 2 mar 2021, 17h54 - Publicado em 2 mar 2021, 14h19
Imagem do secretário Jean Gorinchteyn falando ao microfone em coletiva de imprensa
Secretário da saúde, Jean Gorinchteyn (Divulgação/Governo de São Paulo/Veja SP)
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Jean Gorinchteyn, secretário estadual da Saúde, afirmou durante entrevista na manhã desta terça-feira (2) que sua pasta vai solicitar a suspensão das aulas presenciais no estado de São Paulo.

Em conversa com a Rádio CBN, Gorinchteyn afirmou que a Saúde deve conversar com o Centro de Contingenciamento do Coronavírus para dar seguimento com o pedido. O motivo é o aumento do número de casos da Covid-19 e a alta taxa de ocupação de leitos de UTI.

“O problema não é a escola. Mas o problema é a circulação de pessoas. Eu vou levar meu filho para a escola, pego condução para levá-lo, buscá-lo”, disse. “É um tema que estamos discutindo. se nós estamos entendendo que as pessoas estão ameaçadas frente ao vírus, nós temos que reavaliar”, defendeu.

O secretário afirmou na entrevista, ainda, que é favorável à suspensão das atividades presenciais neste momento da pandemia. Procurado pela Vejinha, o secretário afirmou por meio de nota que a afirmação dada para a CBN sobre o funcionamento das escolas “trata de uma opinião pessoal e que até o momento não foi debatida com a secretaria de estado da Educação. Todas as medidas de enfrentamento da pandemia ainda estão em discussão entre o governo de São Paulo e o Centro de Contingência”.

Durante a conversa com a rádio, Jean também se mostrou contrário ao lockdown: quando todas as atividades são suspensas, restando apenas as essenciais, com circulação restrita de pessoas durante todo momento. “Temos que fazer restrições, mas não temos capacidade de fazer lockdown no Brasil, as pessoas vão morrer de fome”.

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Na segunda o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Carlos Lula, divulgou uma carta pedindo um toque de recolher nacional para a contenção da pandemia da Covid-19. Entre as medidas sugeridas, a suspensão das aulas, fechamento de bares e praias, retorno do auxílio emergencial e reconhecimento legal do estado de emergência sanitária.

A volta das aulas presenciais foi autorizada em toda o estado, sendo que na rede estadual retomou no dia 8 de fevereiro, na rede municipal da capital paulista no dia 15 e na rede privada, desde janeiro. Após o anúncio, professores anunciaram greve e defenderam a volta do ensino remoto.

CORONAVÍRUS

No último boletim diário da capital paulista, divulgado na segunda (1º), a cidade contava com 77% de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Em todo o estado, o índice é de 71,1%. No mesmo dia a cidade, junto com regiões como Campinas, Registro e Sorocaba, foram para a fase laranja do Plano São Paulo, que permite o funcionamento de serviços classificados como não essenciais com maiores restrições, horário de atendimento reduzido e fechamento às 20h.

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