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SP tem novo recorde de mortes por Covid-19 com 334 óbitos em 24 horas

O estado tem mais de 9 500 mortos e 150 000 contaminados pelo novo coronavírus

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 18h09 - Publicado em 9 jun 2020, 13h44
 (Governo do Estado de São Paulo/Veja SP)
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São Paulo registra 334 novas mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas — número mais alto desde o início da pandemia. O recorde anterior de óbitos era de 327 vítimas da doença, registrado no dia 2 de junho. O estado registra 150 138 casos confirmados do novo coronavírus. São Paulo representa 20,5% dos casos confirmados no Brasil.

Os números não indicam que as mortes ocorreram no período, mas o momento em que foram oficialmente registradas. Como a Covid-19 tem um período de incubação de até quinze dias, os dados podem indicar contaminações que aconteceram até duas semanas atrás. Em coletiva à imprensa no Palácio dos Bandeirantes realizado na tarde desta terça-feira (9), a secretária de Desenvolvimento Econômico Patrícia Ellen relembrou que 65 000 vidas foram poupadas com medidas de isolamento social adotadas pelo governo do estado.

“Estamos passando por um crescimento de baixa velocidade. É duro falar isso em relação a óbitos, mas, falando de cenário, é assim que temos que estudar e direcionar nossos trabalhos”, explicou José Henrique Germann Ferreira, secretário de Saúde do estado de São Paulo. “De fato, temos às terças um número maior devido à notificação. Hoje tivemos um aumento de 3,5% em relação ao que estávamos. Continuamos na mesma média”.

Questionado sobre o comentário da Organização Mundial da Saúde (OMS) a respeito das contaminações de pessoas assintomáticas, o coordenador de Controle de Doenças da Secretaria Estadual da Saúde, Dr. Paulo Menezes, relembrou os primeiros casos da SARS-Cov-2 no Brasil: o de um empresário que retornou da Europa, estava assintomático e encontrou-se com familiares, que também forma infectados pelo novo coronavírus, e do casamento da irmã de Gabriela Pugliesi, que aconteceu em Trancoso na Bahia. “A OMS se referia a probabilidade. Hoje eles lançaram um novo comunicado dizendo que assintomáticos transmitem sim o novo coronavírus e, sem testes, a quarentena é necessária”, disse Menezes. “Por isso é tão importante e tem tido um impacto enorme, na nossa avaliação, o uso de máscaras por toda a população”.

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Sobre os novos passos do Plano São Paulo para a reabertura da capital paulista, Patrícia afirmou que as autoridades seguirão monitorando o número de novos casos, óbitos, a taxa de isolamento social e também a ocupação de leitos na cidade: “O isolamento social ainda é a principal recomendação para a cidade de São Paulo”, alerta. Hoje (9), São Paulo tem 30,7 leitos de hospital por 100 000 habitantes na cidade de São Paulo, o maior número do estado. A taxa de ocupação de leitos está próxima a 70%. Na Grande São Paulo, o número é de 74,1%. “O plano é baseado em evidências, em dados e em práticas internacionais”, esclareceu Patrícia, alertando que o governo também acompanha a taxa de transmissão: “Estamos fazendo acompanhamentos de RT regionalizados”. 

O governo também se compromete a compartilhar “indicadores claros e transparentes para a população e para os líderes regionais”. “Os dados nos mostram que São Paulo está num momento diferente”, afirma Patrícia. Se por algum motivo os indicadores vierem a piorar, o Plano São Paulo poderá ser suspenso ou alterado.

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