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São Paulo abre pré-cadastro de voluntários para testes da Butanvac

Nova vacina do Butantan, produzida sem necessidade de importação de insumos, terá segurança e eficiência testadas para posterior aprovação da Anvisa

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 20h05 - Publicado em 16 jun 2021, 15h06
A imagem mostra uma mão segurando uma caixa da vacina ButanVac
A ButanVac (Divulgação/Governo do estado de São Paulo/Veja SP)
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O governador João Doria anunciou, nesta quarta-feira (16), que o Instituto Butantan abriu o pré-cadastro para voluntários interessados em participar dos estudos clínicos da Butanvac, vacina contra a Covid-19 produzida no país sem depender da importação de matéria-prima, o IFA (Insumo Famacológico Ativo). O estudo testará a segurança e eficiência do novo imunizante, para, assim, receber aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para aplicação na população em geral. Para saber mais sobre a vacina e como se cadastrar, acesse o site do Butantan.

“O Instituto Butantan lança hoje o programa com orientação para voluntários acima de 18 anos que desejam participar da fase de testes da Butanvac, a nova vacina produzida sem depender de insumos importados. Os ensaios clínicos serão realizados pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto. Nesta fase 1 participarão 418 voluntários selecionados acima de 18 anos, e não precisa ser médico ou enfermeiro”, explicou Doria.

Os ensaios clínicos contarão com 418 voluntários na fase 1 e, inicialmente, serão feitos pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto. As fases 2 e 3 deverão recrutar até 5 mil voluntários. Os testes em humanos, autorizados apenas na última quarta (9) pela Anvisa, eram para ter início antes, mas o órgão relatou falta de informações sobre o imunizante. Agora, o recrutamento dos voluntários começará assim que o Butantan obtiver a autorização por parte do Conep (Conselho Nacional de Ética em Pesquisa).

Doria também informou que o Instituto Butantan já possui 8 milhões de doses estocadas da Butanvac e a expectativa é de que até outubro haja 40 milhões de doses prontas para uso.

O presidente do Butantan, Dimas Covas, voltou a dizer que o novo imunizante é aprimorado em relação aos já em uso na população. “A Butanvac é a vacina versão 2.0. É uma evolução à primeira geração de vacinas, não só sob o ponto de vista da resposta imune, mas também da plataforma produtiva. É uma vacina feita na plataforma da vacina da gripe e tem enormes vantagens: pode estar disponível em grande volume para o mundo e por um custo muito menor do que as vacinas que estão sendo usadas”, disse.

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O estudo da Butanvac

Inicialmente, o estudo clínico vai avaliar se a vacina é segura e a seleção de dose. Em um segundo momento, será estudada a resposta imunológica que os participantes do estudo desenvolverão. Nos ensaios de vacina mais tradicionais, é feito um paralelo entre um grupo vacinado e um de controle, mas, para o estudo da Butanvac, será possível utilizar como comparação os marcadores imunológicos e parâmetros de segurança já estabelecidos pelas demais vacinas em uso. Para saber mais sobre a tecnologia por trás da Butanvac, clique aqui.

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