Para evitar que vacinas contra a Covid-19 fossem para o lixo, algumas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) de São Paulo têm feito listas de espera para aplicação de doses excedentes. Diante da falta de doses em algumas cidades – e do anúncio do Ministério da Saúde de que apenas metade da quantidade esperada para o mês de fevereiro será entregue – a palavra “excedente” parece absurda – mas está ligada à validade do imunizante.
Os fabricantes AstraZeneca/Oxford e Butantan/Sinovac trabalham também com embalagens multidoses, com dez unidades. Uma vez abertas, elas precisam ser consumidas em poucas horas. Caso contrário, precisariam ser descartadas. Para evitar o desperdício, as UBSs foram orientadas a fazer listas de idosos acima dos 60 anos e profissionais da área da saúde que morem nas proximidades dos postos e chamá-los para a imunização.
A quantidade de doses excedentes – e de unidades que eventualmente foram descartadas – não é divulgada pela Secretaria Municipal da Saúde.