Após um erro, 46 pessoas receberam por engano a vacina contra a Covid-19 em Itirapina, no interior de São Paulo, na última terça-feira (13). No lugar, deveriam ser aplicadas nelas doses contra a gripe. A situação também se repetiu em Diadema, na região metropolitana, em que outras cinco crianças foram imunizadas com a vacina errada.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Itirapina, o erro foi causado por uma técnica de enfermagem que enviou frascos da Coronavac no lugar do imunizante contra a Influenza. Entre os que receberam as doses diferentes estão uma gestante, dezessete adultos e mais 28 crianças.
O engano foi percebido na quarta-feira (14) quando notaram que no controle de estoque faltavam 46 vacinas contra a Covid-19. Elas foram enviadas para a Escola José Cruz e a Vigilância Epidemiológica responsável pela região foi informada sobre o caso.
A prefeitura afirmou, por meio de nota, que “todas as providências para a segurança dessas pessoas foram tomadas e, segundo orientação dos médicos especialistas consultados, o fato não traz riscos para a saúde dos envolvidos”. Todos os vacinados com a CoronaVac já foram informados e estão recebendo acompanhamento médico.
O Instituto Butantan explicou que, “conforme indicado em bula, a vacina é indicada para indivíduos com 18 anos ou mais e não há conclusões científicas até o momento de segurança ou eficácia da vacina na população pediátrica ou em gestantes”. Nenhuma anormalidade foi detectada em quem recebeu as doses erradas até agora.
Vacina errada em Diadema
Cinco crianças foram vacinadas erroneamente com doses da Coronavac em Diadema. A secretária municipal da Saúde do município, Rejane Calixto, disse à TV Globo que a falha foi ocasionada após descuido de duas técnicas de enfermagem que pegaram a caixa com as doses do imunizante errado na troca de turnos. Ambas foram afastadas.
O engano aconteceu na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim das Nações. A secretária explica que a caixa com doses da vacina contra a Covid-19 estava dentro da mesma câmara de conservação das doses contra a Influenza, o que não deveria acontecer. Um processo administrativo foi instaurado para apurar as irregularidades, não só das profissionais mas também do armazenamento errado.
As crianças têm idades entre sete meses e quatro anos e deveriam ter recebido o imunizante contra o vírus da gripe. Uma pediatra irá fazer o acompanhamento diário delas. A Secretaria estadual da Saúde foi notificada sobre o acontecimento.
A campanha de imunização contra a Influenza começou crianças maiores de 6 meses e menores de 6 anos, gestantes, puérperas, povos indígenas e trabalhadores da saúde para evitar conflitos com as aplicações de doses da vacina da Covid-19, que ainda está sendo aplicada em público idoso.
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Publicado em VEJA São Paulo de 21 de abril de 2021, edição nº 2734