O Ministério da Saúde informou neste sábado (9) que fechou acordo com o Instituto Butantan, de São Paulo, para distribuir a vacina CoronaVac, desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac, simultaneamente e gratuitamente em todos os estados brasileiros. “Assim, brasileiros de todo o país receberão a vacina simultaneamente, dentro da logística integrada e tripartite, feita pelo Ministério da Saúde e as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde”, informou, em nota, o ministério. As doses serão distribuídas por todos os estados de forma proporcional, obedecendo critérios demográficos e número de pessoas nas faixas de risco.
Dimas Covas, diretor do Butantan, também confirmou que o governo federal vai comprar toda a produção de vacinas do instituto e incorporar as doses no Plano Nacional de Imunização. Na quinta-feira, 7, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, já havia afirmado que serão adquiridas 100 milhões de doses da CoronaVac. Em disputa política com o governador paulista João Doria, o presidente Jair Bolsonaro, no entanto, dava sinais em público de que descartaria a “vacina chinesa”. Em uma live, disse que “a eficácia daquela vacina de São Paulo está lá embaixo”.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu o pedido por parte do Instituto Butantan para uso emergencial da CoronaVac na manhã desta sexta-feira (8). A análise é feita por uma equipe multidisciplinar que envolve especialistas nas áreas de registro, monitoramento e inspeção. A expectativa é de que o processo leve em torno de dez dias para ser concluído.
A expectativa é que tão logo haja a autorização, o processo de imunização gratuita comece em até 48 horas.