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Médica alerta para uso de ‘chás emagrecedores’ após paciente ter hepatite fulminante

A paciente precisou de um transplante de fígado após uso de "chá de 50 ervas"

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 3 fev 2022, 19h46 - Publicado em 3 fev 2022, 19h23
Imagem da médica usando máscara e segurando uma caneca com um logo do Hospital das Clínicas
 (Instagram/Reprodução)
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A médica gastroenterologista do Hospital das Clínicas de São Paulo, Liliana Ducattti, publicou no Instagram um alerta sobre o uso de suplementos feito à base de chás nomeados “emagrecedores” depois que uma paciente foi internada na unidade de saúde para transplante de fígado.

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Segundo Liliana, que é médica cirurgiã do aparelho digestivo, a paciente consumia um suplemento chamado “chá emagrecedor 50 ervas” – que inclui chá verde, carqueja e mata verde – antes de ter uma hepatite fulminante. No momento aguarda por um doador para fazer o transplante de fígado. Segundo a médica, ela também não tinha nenhum problema de saúde prévio.

“Nós recomendamos não fazer o uso desse tipo de medicação: chá que desincha, chá detox, natural, erva… Não faça uso, desaconselhe as pessoas que você conhece. Isso tudo é charlatanismo e são descritos como hepatotóxicos, fazem mal para o fígado sim e podem levar à necessidade de um transplante de fígado”, afirma a médica.

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Liliana diz que na literatura médica há casos semelhantes ao da paciente do HC. “E tudo isso por causa de uma medicação que poderia ter sido evitada, um falso remédio para emagrecer, uma falsa ilusão de que é natural e não tem problema. Tem problema sim. Na literatura médica está muito bem descrito, é só procurar”, finaliza.

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