O Instituto Adolfo Lutz confirmou, por meio de um exame, que um homem de 41 anos morador da cidade de São Paulo é o primeiro caso positivo de varíola de macaco (Monkeypox virus) do Brasil. O resultado saiu nesta quinta-feira (9).
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Ele viajou para Portugal e Espanha e começou a apresentar os sintomas no dia 28 de maio. O homem, que não teve a identidade revelada, apresentou febre e mialgia e está internado em isolamento desde a última segunda-feira (6) no Hospital Emilio Ribas. Segundo nota da Secretaria Estadual de Saúde, seu estado clínico é bom. Todas as pessoas com quem ele teve contato estão sendo monitoradas.
As autoridades de saúde ainda aguardam o resultado de exame feito com material genético de uma mulher de 26 anos, notificado no dia 4 de junho, último sábado. Diferentemente do homem de 41 anos, ela não viajou. A vigilância em saúde municipal está monitorando as pessoas com quem ela teve contato em sua casa.
O exame
O primeiro exame no homem de 41 anos, feito para detectar se ele estava contaminado com varicela Zoster, deu negativo. A confirmação que se tratava de Monkeypox virus só foi possível por meio de análise do material genético. Este exame, que foi concluído nesta quinta-feira, revelou se tratar de fato da doença. Até então, o homem internado possuía sintomas que indicavam a doença, mas não era possível confirmar sem o resultado.
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Desde quarta-feira (8), Vejinha procurou todos os órgãos envolvidos para confirmar que o caso se tratava mesmo de varíola de macaco. O que não foi possível, já que o resultado só saiu nesta quinta-feira (9). Até as 10h30 desta quinta-feira, nem mesmo o Ministério da Saúde, responsável por monitorar a doença no país e a quem os órgãos estaduais devem reportar imediatamente casos da doença, havia confirmado oficialmente se tratar do primeiro caso de Monkeypox virus no país.
O que é a doença
Também conhecida como Monkeypox virus, a varíola do macaco, também chamado de varíola símia, é um vírus que infecta roedores na África. Os macacos seriam apenas os hospedeiros ditos como acidentais, assim como o homem.
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Ela leva esse nome científico por ter sido identificada inicialmente em um laboratório dinamarquês em 1958. O primeiro caso humano foi identificado em uma criança na República Democrática do Congo em 1970.
Ela apresenta sintomas muito parecidos com os da varíola, embora seja menos graves. A transmissão se dá por fluídos corporais, gotículas respiratórias ou contato próximo com as lesões e materiais como as roupas de cama.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), os contatos com humanos está se dando por meio de contato físico entre as pessoas.
Um caso só é considerado suspeito quando aparecem bolhas, dor de cabeça intensa, febre acima de 38,5ºC, dores musculares pelo corpo e fraqueza profunda.