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Estudos da Unicamp mostram que covid pode deixar sequelas no cérebro

Ansiedade, depressão, fadiga e sonolência são algumas delas

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
14 jun 2023, 14h14
mulher olhando no microscópio
 (Trust Tru Katsande/Unsplash/Reprodução)
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Novos estudos apresentados pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) mostram que mesmo as infecções mais leves causadas pela covid-19 podem desencadear manifestações neuropsiquiátricas como ansiedade, depressão, fadiga e sonolência, além de comprometer o bem-estar, a saúde e a capacidade de trabalhar. 

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“Antes da pandemia, o Brasil já era considerado um dos países mais ansiosos do mundo, com 9% da população relatando sintomas”, fala Clarissa Yasuda, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e integrante do BRAINN Congress, evento no qual os estudos foram apresentados em abril. “Observamos agora que os níveis de ansiedade e depressão são maiores em pessoas que testaram positivo para a covid.”

Exames de ressonância magnética realizados três meses após a infecção mostram que pacientes com covid longa apresentam atrofia da massa cinzenta e padrão generalizado de hiperconectividade cerebral. Embora ainda se desconheça a duração dessas alterações e o seu significado, pode-se sugerir que elas provoquem disfunção cognitiva, ou seja, sintomas de ansiedade e depressão.

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Fadiga

De acordo com os pesquisadores, um dos sintomas mais relatados por pacientes com covid longa é a fadiga. Um estudo comandado pelo pesquisador Leonardo Elias, professor da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC), criou um modelo de testes que mede contrações musculares e força, além de aplicar outras avaliações. O resultado mostrou que pacientes com sintomas de fadiga decorrentes da covid longa apresentam, de fato, habilidade motora reduzida. 

“Fica o alerta para a dimensão das possíveis consequências da pandemia”, diz Clarissa.

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